Incêndio no Parque do Cocó

O Parque do Cocó foi atingido na manhã de ontem (15/11) por um incêndio que ocasionou alguns transtornos para quem mora nos bairros próximos do mangue e para quem trafegava no momento do incidente. O fogo começou por volta das 10 horas e demorou horas para ser controlado pela equipe do Corpo de Bombeiros.

Houve dificuldades por parte do grupo de realizar os trabalhos de controle das chamas, porque o fogo foi justamente para dentro do parque e em uma área central. Duas viaturas Alto Bomba Tanque (ABT 32) de combate a incêndio ficaram de prontidão e 30 homens fizeram o serviço de “abafamento”.

A fumaça cinzenta praticamente encobriu as principais avenidas dos bairros Cidade 2000, Dionísio Torres, Aldeota e Cocó. Na Avenida Washington Soares, alguns carros chegaram a parar, pois a baixa visibilidade devido à fumaça impediu os condutores de continuarem o trajeto. A mesma situação foi vista nas avenidas Antônio Sales e Sebastião Abreu. Motoristas assustados preferiram encostar os seus veículos em postos de gasolina e esperar a fumaça baixar.

Dificuldades

O coordenador da Operação, major Carvalho, informou que logo quando chegou ao local pediu reforço, pois observou que o fogo se alastrava rapidamente. “Iniciamos os trabalhos com 20 homens e conseguimos abafar alguns focos de incêndio com enxadas e abafadores”.

Porém, com ajuda do vento e da mata muito seca, devido à falta de chuvas, o fogo espalhou-se rapidamente para outros locais dificultando o trabalho dos bombeiros. Para debelar as chamas, major Carvalho informou que foram solicitados mais dez homens e apoio aéreo com água para exterminar os principais focos de fogo.

De acordo com a equipe do Corpo de Bombeiros, a estimativa inicial é de que as chamas destruíram cerca de 100 metros quadrados da mata.

Com larga experiência em casos parecidos, o coordenador de Operações do CB levantou algumas hipóteses. A primeira poderia ter sido influenciada por ação humana, e a segunda por causas naturais, como por exemplo, a alta temperatura.

“Uma simples ponta de cigarro pode ter começado o incêndio. Como nós podemos ver aqui, existem muitas carteiras de cigarro jogadas ao solo. As fogueiras também são causas que não descartaremos. Já sobre o calor, acho improvável, mas existe a possibilidade, já que a mata está muito seca”, explicou o militar.

O vaqueiro, Fabiano de Sousa Batista, 14, que trabalha numa vacaria próxima das imediações do acidente, disse que antes de começar o incêndio, ouviu uma explosão. “Estava pegando capim para o gado quando ouvi um estrondo. Parecido com fogos de artifício em instantes se deu início ao incêndio”, contou Batista.

Já o advogado Francisco Alves Cavalcante,49, informou à reportagem que quase todos os dias acontece pequenos incêndios na mata, mais precisamente na Avenida das Adenanteras, no Bairro do Cocó.

“Isso aqui está um inferno. Por existir uma trilha ecológica, muita gente mal educada vem de longe para jogar lixo aqui e lá dentro da mata. É um absurdo. Além disso, nesta avenida o lixo está tomando conta e ninguém da prefeitura toma providências”, denuncia.

Riscos

A moradora do Bairro Cocó e dona-de-casa Antônia Lúcia de Medeiros, 52, confirma a denúncia e que não é a primeira vez que vê princípio de fogo nas redondezas. “Sempre o fogo acontece em pequenas quantidades devido ao lixo. Logo apaga, mas atrapalha a vida de quem mora por aqui. Mas, infelizmente é necessário ocorrer um de grandes proporções para os órgãos competentes virem aqui e tentarem resolver o problema”, reclamou.

A reportagem tentou entrar em contato telefônico com a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) para ouvir explicações sobre as denúncias de acúmulo de lixo, mas não conseguiu retorno.

Durante toda a tarde, foram deixados recados na secretária eletrônica, mas, até o fechamento da edição, não obteve respostas da direção do órgão.

Nota: Recebi esta indicação de matéria do @diegodutr e fiz questão de colocar na íntegra por causa da quantidade de informações. Gostaria de salientar a importância de uma boa gestão/planejamento/preparação vinda por parte do corpo de bombeiros e prefeitura, além dos órgãos gestores pela área de meio ambiente, acidentes desta magnitude estão propícios a acontecerem a qualquer momento e a eficiência de um órgão apto para amenizar o quanto antes é inevitável para a preservação da fauna e da flora.  Monitoramento e acompanhamento da área “parques, áreas de preservação ambiental/permanente” devem ser tratadas com maior importância!!

Fonte: Diário do Nordeste / ONG Plante

Daiane Santana

Daiane Santana é a idealizadora do Portal VivoVerde, nasceu em Minaçu/GO e atualmente reside em Parauapebas-PA e há 15 anos escrevo neste site. Sou formada em Engenharia Ambiental, pela UFT – Universidade Federal do Tocantins, pós-graduada em Gestão de Recursos Hídricos e Engenharia de Segurança do Trabalho. Atuo como consultora, ministro treinamentos nas áreas de meio ambiente, segurança do trabalho quando dá tempo. Contato: portalvivoverde@gmail.com | Twitter - @VivoVerde | Instagram: @DaianeVV | 063999990294

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