#ParceriaUJ – Você sabia que o Rio Pinheiros já foi cenário de lazer?

“Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo”. Esta frase, do filósofo espanhol José Ortega & Gasset, resume a urgência do mundo atual. São Paulo, que hoje enfrenta grandes problemas com relação à escassez de água, abriga o rio Pinheiros, poluído e com odor desagradável, mas que já foi o cenário lazer e de competições esportivas antes da Revolução Industrial. Consegue imaginar?

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A situação socioambiental da metrópole é grave e não é recente. Desde 2009, a Associação Águas Claras do Rio Pinheiros, organização sem fins lucrativos, de pessoas e empresas interessadas na recuperação ambiental do Rio Pinheiros e seus afluentes, atua com o intuito de contribuir com a despoluição dos 25 km de extensão do rio e reconciliá-lo com a cidade de São Paulo.

O desafio é grande e a ideia é viabilizar a atividade do rio e fortalecer a sua relação com o rio Tietê e a Represa Billings e promover resultados para controlar enchentes, produzir energia, reutilizar água e oferecer condições de navegação, recreação, lazer, turismo e esporte para quem vive na cidade.

Segundo Stela Goldenstein, diretora executiva da Associação Águas Claras do Rio Pinheiros, são 4 linhas de atuação para acelerar o processo de despoluição do rio:

1 . Advocacia: junto ao governo do Estado e Prefeitura, definem otimizam e aceleram ações, projetos, investimentos.

2 . Mobilização: a expressão dos desejos e das expectativas da sociedade é um poderoso indutor das ações de governo e, por isso, focam em ações que possam trazê-los à superfície.

3 . Aprofundamento das discussões e do conhecimento coletivo sobre o tema: na origem da poluição e da degradação do rio e de sua inserção urbana encontram-se arraigados conflitos setoriais de interesse, distintas visões corporativas e significativas dificuldades financeiras, técnicas, jurídicas e institucionais. “A Águas Claras trabalha para esclarecer este quadro complexo e apoiar a definição de propostas consistentes”, diz ela.

4 . Ações e intervenções exemplares: é preciso e é possível desenvolver ações e intervenções que, ainda que pontuais, tenham visibilidade e obtenham um efeito-demonstração daquilo que pode vir a ser a melhoria da qualidade do rio. “Desenvolvemos estas ações de forma articulada com a ampliação da consciência e do conhecimento coletivos sobre o Rio Pinheiros, mobilizando assim governos e sociedade”, reforça.

Como colaborar? De acordo com Stela, a Associação precisa de apoio na prospecção de financiamento para projetos, suporte de técnicos para verificar as possíveis fontes de financiamento, os editais, os programas de suporte a entidades civis, etc.

A Associação também tem um projeto de educação ambiental com jovens de 13 a 16 anos. “Temos um projeto que será realizado no segundo semestre, envolvendo cerca de 1800 jovens. Turmas de 40 jovens serão levadas a conhecer os córregos do entorno de suas escolas, o rio Pinheiros, a bacia hidrográfica em que estão localizados”, conta.

Para saber mais, acesse Águas Claras do rio Pinheiros ou saiba das novidades pela página do Facebook.  

Matéria em parceria com o Portal Universo Jatobá.

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Daiane Santana

Daiane Santana é a idealizadora do Portal VivoVerde, nasceu em Minaçu/GO e atualmente reside em Parauapebas-PA e há 15 anos escrevo neste site. Sou formada em Engenharia Ambiental, pela UFT – Universidade Federal do Tocantins, pós-graduada em Gestão de Recursos Hídricos e Engenharia de Segurança do Trabalho. Atuo como consultora, ministro treinamentos nas áreas de meio ambiente, segurança do trabalho quando dá tempo. Contato: portalvivoverde@gmail.com | Twitter - @VivoVerde | Instagram: @DaianeVV | 063999990294

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