#CF2016 – O cuidado com a “Casa Comum”
O cuidado responsável pela “Casa Comum”, grande presente de Deus, requer ação conjunta e parcerias na sociedade. O testemunho ecumênico de diferentes igrejas, assumindo um projeto comum em diálogo e cooperação para o bem comum, é sinalização muito importante.
Esta campanha chama a atenção para a necessidade de avanços no saneamento básico em vista de vida digna e do cuidado de nossa casa. Tal projeto responsabiliza a todos, de distintos modos. Ao poder público cabe elaborar um plano de ação, com a participação da população, e executar as obras de infraestrutura. Mas essas iniciativas serão insuficientes se não houver a cooperação dos cidadãos, seja na elaboração dos planos de saneamento básico e na cobrança de sua execução, seja em ações como não jogar lixo em qualquer lugar, otimizar o uso da água.
A cooperação cidadã com o poder público requer: conhecer a realidade do saneamento básico no bairro e na cidade; conhecer a legislação; saber se o município conta com o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), sem o qual não se tem acesso a verbas; mobilizar-se para que a execução desta infraestrutura seja prioridade e se efetive. Os cidadãos precisam assumir práticas em vista da sustentabilidade da “Casa Comum”, e as primeiras entre elas são: diminuir o consumo em todos os aspectos; educar as novas gerações para que protagonizem nova relação com o meio ambiente; incorporar a prática de reuso; sobretudo da água; preocupar-se com a destinação correta dos resíduos; enfim, assumir a responsabilidade de cuidar do espaço onde habita.
A responsabilidade pela “Casa Comum” exige conversão de concepções e de práticas disseminadas em uma sociedade consumista e individualista.
Texto: Pe. Luiz Carlos Dias, Secretário-executivo da Campanha da Fraternidade
Fonte: Folheto O Domingo, semanário litúrgico-catequético