#diadaágua – A água que você não vê
O tema deste artigo é bastante complexo, e não conseguirei expor aqui todas as informações pertinentes, pois a coluna é limitada. No entanto, por mais que a maioria da sociedade julgue saber da importância e complexidade da questão do consumo e poluição da água, julgo necessário que façamos uma reflexão acerca do tema.
No que diz respeito ao consumo cotidiano de água por nossa sociedade, existe o uso perceptível, direto, e o uso imperceptível, indireto. O uso perceptível é caracterizado pelo consumo individual doméstico, por aqui, normalmente de 150 a 200 litros por pessoa/dia. O consumo de água potável que a gente não vê, é aquele necessário para a produção de alimentos e diversos bens de consumo. Resumindo, na nossa conta de gastos, soma-se ao uso doméstico, o uso de água necessário para produção dos alimentos que consumimos e dos objetos industrializados que compramos.
Na contabilidade nacional da água, a agricultura utiliza 70% do total consumido pela sociedade, a indústria é responsável por 20%, enquanto 10% são destinados ao consumo doméstico. Ou seja, 90% da água é consumida indiretamente e de forma imperceptível, através do consumo de bens e alimentos. Quando compramos, consumimos água, quando descartamos um produto, jogamos água fora.
A redução do desperdício e da poluição é imprescindível em todos os setores. Tão importante quanto fechar a torneira ao escovar os dentes ou reutilizar água para lavar a calçada, é a redução do consumo excessivo de recursos naturais para produção desses bens de consumo que mantém a vida urbana e o capitalismo industrial.
Reduzir o consumo direto ou indireto de água, é questão de nos educar- mos sustentavelmente. Quando citei que o assunto é complexo, é porque realmente é! Poderia expor aqui vários exemplos. Um deles é que na contramão da informação de que 70% do consumo de água vai para a agricultura, mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo passam fome. A situação irá mudar na medida em que o sistema no qual estamos inseridos se desvencilhar de padrões baseados no consumo excessivo e no lucro exorbitante.
Na base de qualquer processo produtivo de alimentos e mercadorias existe consumo de água. O dado positivo é que as possibilidades de escassez e do aumento no custo do recurso, além da ameaça de um desastre ambiental, estão impulsionando o uso racional da água na produção agrícola e industrial.
Lembram quando eu citei por aqui sobre a Pegada Ecológica? Pois então, começa a entrar em cena o conceito Water Footprint , algo como Pegada Hídrica, em português, que analisa o volume de água consumido em todo o ciclo produtivo dos produtos, incluindo dados de poluição.
No Brasil, algumas empresas já iniciaram seus processos de otimização no uso da água, uma vez que, reduzir sua pegada hídrica pode ser parte da estratégia ambiental ou de sua sobrevivência no mercado.
E você leitor, como consumidor, comece a calcular sua Pegada Hídrica, e veja o quanto está contribuindo para a preservação ou escassez do principal recurso necessário para a vida.
eu odie não tem o q eu quero ODIEI
Temos que ter cabeça mesmo pois sem a água não fazemos nada