A teoria da evolução

evolução 

A evolução dos seres vivos, ainda hoje, é um tema bastante polêmico e controverso. Segundo a maioria dos estudiosos desse assunto, as primeiras idéias tratando da origem da vida e das transformações que ocorrem nos seres vivos surgiram na Grécia antiga entre os filósofos.

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A mais antiga teoria grega acerca da transformação dos seres vivos foi feita pelo filósofo Anaximandro de Mileto (610-546 aC). Ele propôs que as espécies dão origem umas às outras. E, segundo tal proposta, a vida como um todo teria surgido em ambiente aquático. Na água surgiram todos os animais, inclusive o homem. Os primeiros seres seriam adaptados ao ambiente aquático e através de transformações rápidas e duradouras, causadas por fatores diversos, nasceriam novas formas de vida.

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O filósofo grego Empédocles de Agrigento (493-433 aC) afirmava que todos os objetos são compostos por quatro elementos básicos: terra, ar, fogo e água. Assim as diferentes coisas que existem seriam os processos naturais gerados pela aproximação e à separação desses quatro elementos. Duas forças ativas e antagônicas (o amor e o ódio) atuam sobre os quatro elementos agrupando-os ou separando-os. Essas duas forças opostas estão presentes nos seres vivos, na Terra e no Universo. Baseado nessas idéias, Empédocles formulou uma primitiva teoria da evolução, a qual dizia que as partes dos seres vivos apareceriam espontaneamente do meio vivo e se uniriam ao acaso com outras partes, formando assim seres complexos bastante diferentes dos originais. Alguns desses seres seriam oriundos de combinações inadequadas e faltariam ou sobrariam partes, enquanto outros teriam combinações harmoniosas das partes. Nessa teoria, ele afirmava que somente as combinações harmônicas subsistiriam, pois estariam aptas a executar todas as funções orgânicas básicas, enquanto os seres monstruosos e desarmônicos se extinguiriam.

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O filósofo grego Aristóteles (384-322 aC) apresentou inúmeras contribuições em diversos campos do conhecimento científico, tais como: Política, Ética, Psicologia, Física, Lógica, Matemática, Astronomia e Biologia. Dentro da Biologia, Aristóteles dedicou-se especialmente à Zoologia (estudo dos animais), apresentando uma das primeiras classificações dos seres vivos. Ele dividia os animais em dois Reinos (Anaina e Enaina). Além disso, Aristóteles apresentou uma rudimentar teoria acerca da vida, que ficou conhecida como a teoria da abiogênese. Essa teoria perdurou até séculos mais recentes, e de acordo com seus princípios um ser vivo nascia de um germe da vida, sem que um organismo precisasse gerá-lo (exceto para os humanos). Um exemplo dessa teoria apresentava que as aves que vivem às margens das lagoas eram oriundas do germe da vida que estaria presente nas plantas próximas.

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O poeta romano Lucrécio (99-55 aC), em seu grande poema didático “De Rerum Natura” (Sobre a natureza das coisas), apresenta as teorias dos filósofos gregos Demócrito (460-370 aC) e Epicuro (341-270 aC). Essa obra, em seu quinto capítulo, apresenta a idéia de que os seres vivos passam por transformações. Mas, para muitos estudiosos, nela não há nada de novo, pois se trata apenas de uma repetição com pequenas alterações das idéias de Empédocles de Agrigento.
Essas primeiras teorias tinham aspectos bastante curiosos e fantasiosos, mas de certa forma lembram um pouco a “teoria moderna da evolução”.
O naturalista francês Jean Baptiste Lamarck (1744-1829 dC), especialista em invertebrados, baseado em muitas idéias dos filósofos gregos e com contribuições de muitos de seus contemporâneos, formulou também uma teoria da evolução. Ele considerava que, a partir das formas de vida mais simples, surgiriam espontaneamente outras formas mais complexas. Este processo estaria governado por três leis biológicas: (1) a influência do meio ambiente sobre o desenvolvimento dos órgãos, (2) a mudança na estrutura corporal com base no uso ou na falta de uso de certas partes do corpo, e (3) a herança dos caracteres adquiridos. Esta teoria foi apresentada pela primeira através da obra “Filosofia Zoológica”, em 1809.

Alfred Russell Wallace
Outro naturalista que também formulou uma teoria evolucionista trata-se do britânico Alfred Russell Wallace (1823-1913), que se baseou nas idéias de “seleção natural”. Ele realizou inúmeras viagens à diferentes partes do mundo para pesquisar animais, plantas e grupos humanos. Após essas viagens, ele publicou a “Distribuição geográfica dos animais”, em 1876. Essa obra apresenta algo surpreendente e curioso, até então, despercebido pela maioria dos pesquisadores. Wallace observou que em cada localidade do planeta existe um conjunto de animais específicos. Por exemplo, na Austrália existem cangurus e ornitorrincos, na África encontramos elefantes, leões, girafas, pangolins, lêmures, suricatos e zebras; nas Américas existem onças, tatus, tamanduás, lhamas, preguiças e mucuras. Tal observação mostrava que cada continente apresenta uma história evolutiva diferenciada, ou seja, cada população animal ou vegetal, por estar isolada uma da outra, acabou trilhando um caminho único, dando origem à espécies singulares.

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Com contribuições de Lamarck, Wallace e diversos outros pesquisadores, o britânico Charles Robert Darwin (1809-1882) criou as bases da “moderna teoria da evolução”, ao apresentar o conceito de que todas as formas de vida se desenvolveram em um lento processo de “seleção natural”. Seu trabalho teve uma influência decisiva sobre as diferentes disciplinas científicas e sobre o pensamento moderno em geral. A teoria completa de Darwin foi publicada em 1859, com o título “A origem das espécies por meio da seleção natural”.
Os estudos do botânico austríaco Gregor Johann Mendel (1822-1884), retomados no final do século XIX, deram enormes contribuições à teoria de Darwin, ao acrescentar importantes informações sobre genética.
Com o passar dos anos, houve um avanço nos estudos da vida em conseqüência especialmente da utilização de novas técnicas e equipamentos. Daí em diante, as idéias de Darwim e Mendel receberam contribuições de vários pesquisadores, surgindo a versão “moderna do darwinismo”, chamada de “neodarwinismo”. O neodarwinismo surgiu entre 1920 e 1930 a partir de uma idéia formulada por três geneticistas: o inglês Ronald Aylmer Fisher (1890-1962), o indiano John Burdon Sanderson Haldane (1892-1964) e o americano Sewall Wright (1889-1988). A “teoria genética moderna da seleção natural” ou “neodarwinismo” apresenta uma série de informações extremamente complexas e detalhadas, que são praticamente unânimes entre os cientistas que estudam a vida. Atualmente, os cientistas discutem apenas alguns pormenores dessa teoria em busca de aprimorá-la ainda mais.
Mas, vale lembrar que mesmo sabendo que há um enorme consenso entre os cientistas acerca do “neodarwinismo”, ainda assim grande parte das pessoas não aceita muitos de seus princípios e idéias.

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*Giovanni Salera Júnior – É um cara fantástico que resolveu se integrar ao VivoVerde na coluna BioVerde. Ele é Mestre em Ciências do Ambiente e Especialista em Direito Ambiental. Atualmente é Analista Ambiental do Governo Federal.

Maiores informações em: Recanto das letras

Curriculum Vitae: Lattes

Daiane Santana

Daiane Santana é a idealizadora do Portal VivoVerde, nasceu em Minaçu/GO e atualmente reside em Parauapebas-PA e há 15 anos escrevo neste site. Sou formada em Engenharia Ambiental, pela UFT – Universidade Federal do Tocantins, pós-graduada em Gestão de Recursos Hídricos e Engenharia de Segurança do Trabalho. Atuo como consultora, ministro treinamentos nas áreas de meio ambiente, segurança do trabalho quando dá tempo. Contato: portalvivoverde@gmail.com | Twitter - @VivoVerde | Instagram: @DaianeVV | 063999990294

10 thoughts on “A teoria da evolução

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  • 16 de março de 2010 em 8:10
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    As pesoas que rejeitam a Seleção Natural são aquelas que preferem acreditar no que querem ao invés de buscar a verdade. Comodismo e ignorância. Mas, fazer o que, né… Como já dizia Joe Ramone, “Ignorance is Bliss”… 😉

  • 18 de março de 2010 em 16:28
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    Graças à teoria da evolução, o naturalismo é atualmente a religião dominante na sociedade moderna. Há um século e meio, Charles Darwin popularizou o credo desta religião secular com seu livro “A Origem das espécies”. Embora a maioria das teorias de Darwin sobre o mecanismo de evolução tenha sido descartada há bastante tempo, a própria doutrina da evolução conseguiu o status de um fundamental artigo de fé na mente moderna do povo. O Naturalismo agora substitui o Cristianismo como a principal religião do mundo ocidental, e a evolução se tornou seu dogma principal.
    Naturalismo é a visão de que cada lei e cada força operante no universo é natural, e não moral, nem espiritual, nem sobrenatural. O Naturalista é inerentemente antiteísta, rejeitando o próprio conceito de um Deus pessoal. Muitos pressupõe que o evolucionismo, portanto, não tem nada a ver com religião. De fato, é comum interpretação errônea que afirmam que o evolucionismo incorpora a própria essência da objetividade científica. Os próprios evolucionistas gostam de descrever seu sistema como uma filosofia que se opõe a todas as visões de mundo baseadas na fé, pretendendo que seja algo cientificamente e intelectualmente superior, justamente devido a seu suposto caráter não-religioso.
    Não é bem assim. Religião é exatamente a palavra exata para descrever o evolucionismo (Naturalismo). Toda filosofia está construída sobre uma premissa baseada na fé. Sua pressuposição básica – a rejeição de tudo que é sobrenatural – requer um enorme pulo de fé. E quase todas as teorias que a sustentam devem ser aceitas também pela fé.
    Consideremos o dogma da evolução, por exemplo. A noção de que os processos naturais de evolução podem ser responsáveis pela origem de todas as espécies vivas nunca foi e nunca será estabelecida como um fato. Nem é “científico” sob qualquer sentido verdadeiro da palavra. A ciência lida com o que pode ser observado e reproduzido por experimentação. A origem da vida não pode observada e nem reproduzida por experimentação. Por definição, então a verdadeira ciência não pode nos fornecer nenhuma informação, qualquer que seja, sobre de onde viemos e ou como chegamos até aqui. A crença na teoria da evolução é simplesmente uma questão de fé. E a crença dogmática em qualquer teoria naturalista não é mais “científica” do que qualquer outro tipo de fé religiosa.
    A teoria da evolução ressalta a aridez espiritual do naturalismo. A religião dos naturalistas elimina toda responsabilidade moral e ética e, no final das contas, rejeita qualquer esperança para a humanidade. Se o cosmo impessoal é tudo que existe, sempre existiu e sempre existirá, então a moralidade acaba sendo discutível. Se não há um Criador pessoal para qual a humanidade deva prestar contas e se a sobrevivência do mais apto é a lei que governa o universo, todos os princípios morais que regulam normalmente a consciência humana se tornam sem fundamento – e possivelmente, até mesmo prejudiciais a sobrevivência de nossas espécies.
    Se a evolução está correta, também não pode haver nenhum princípio moral inviolável que governe o universo. Na verdade , se a evolução é verdade, as coisas são como são por mero acaso, por nenhuma razão transcendente. Nada sob tal sistema poderia ter algum significado moral real. As noções de bem e mal seriam conceitos sem nenhum significado. Não haveria razão para condenar Hitler nem para aplaudir o bom samaritano.
    Quem nos fez distinguir entre o bem e o mal? De onde provem a consciência humana? E por que a natureza humana é universalmente voltada para o mal? Quem pode negar que este mundo está impregnado do mal? A evidencia disto tudo está ao nosso redor. A depravação moral universal dos seres humanos é muitíssimo clara. Os evolucionistas não têm nenhuma resposta.
    O naturalismo filosófico, devido a seus pressupostos materialistas e anti-sobrenaturais, é totalmente incapaz de oferecer quaisquer respostas a estas questões. Na verdade, o principal dogma central do evolucionismo é que tudo acontece por processos naturais; nada é sobrenatural e, portanto, não pode existir um Criador pessoal. Isso significa que não pode haver um projeto nem um objetivo para nada. O evolucionismo, então, não pode oferecer nenhuma base filosófica para acreditar que a vida humana é particularmente valiosa ou, de algum modo, significativa.
    Pelo contrário, o evolucionista, se for fiel a seus princípios, deve concluir que a humanidade é um acidente bizarro sem nenhum propósito nem importância alguma real. O evolucionismo, portanto, é uma fórmula para a futilidade e insignificância que apaga a imagem de Deus da auto-imagem coletiva de nossa raça e deprecia o valor da vida humana, questionando a dignidade humana e subvertendo a moralidade.
    Portanto, a evolução em suas bases de crença é: degradante para a humanidade; é hostil a razão e antiética.

  • 3 de junho de 2011 em 8:44
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    oi

  • 30 de novembro de 2011 em 16:31
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    eu quero e saber e o q aconteceu na teoria da evolução

  • 4 de março de 2014 em 6:23
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    a teoria da evolução é estudo para debéis mentais,visto que o Deus Jeová que é soberano,que não precisa de teorias humanas nem conselhos de loucos para explicar sua criação,diz:no principio criou Deus ciou o céus e a terra.Gn.1:1;31) o homem não vem do macaco como essa teoria fala:(Genesis.2:7)então,formou o Senhor Deus ao homem do ´pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida.e o homem passou a ser alma vivente.para acreditar que o homem veio do macaco tem que ser mais imbecil,louco,ingnorante para acreditar na teoria,que não é verdade.

  • 23 de março de 2021 em 13:55
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    De acordo com as epistemologias contemporâneas, o evolucionismo não é uma verdade comprovada antes ,uma teoria corroborada, o que confere a ele o caráter de cientificidade. Ainda predomina num debate comum aquela mentalidade da modernidade, mas hoje anacrônica , que a teoria de Darwin é uma oposição ao criacionismo. Ora, criacionismo é artigo de fé, razão pela qual não se exige ônus da prova. O evolucionismo por seu turno, é imune à possibilidade de ser refutado, mas pela própria ciência. Cautela! As teorias científicas são apenas prováveis, não verdades enunciadas em última instância, sob o risco de ela mesma se tornar dogmática.

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