Ideias tecnológicas que colaboram com o meio ambiente
Entretanto, durante sua decomposição, que leva uma média de 100 anos, a garrafa PET libera seus compostos, contaminando lençóis freáticos e o ambiente. Quem não viu, vale a pena conferir neste blog dinamarquês algumas imagens que mostram o impacto ambiental das garrafinhas tão “inocentes”.
Além das garrafas PET, o próprio conteúdo, ou seja, a água, precisa de filtragem e tratamento para se tornar própria para o uso. Como em um círculo vicioso, as garrafas contaminam a água, que por sua vez é envasada nesses recipientes que voltam a circular pelo ambiente.
Para completar, é preciso pensar também em maneiras diferenciadas de reciclar a própria água, uma vez que ela está cada vez mais comprometida em nosso ambiente. Confira a seguir três soluções diferentes relacionadas com a água e que podem melhorar a qualidade de vida de todos nós.
321 Water
Uma das novidades para resolver o problema das garrafas PET e tratar a água vem de uma empresa australiana chamada Half a Teaspoon (nome dado para conscientizar a população de que, se considerarmos que toda a água do planeta representa um litro, a parte de cada habitante é apenas meia colher de chá, ou seja, half teaspoon) criou a 321 Water, uma garrafa diferente, para que sua água esteja sempre fresca e filtrada.
A ideia, bastante interessante, traz um recipiente que não utiliza em sua composição o Bisfenol-A, um dos componentes tóxicos das garrafas normais. Além disso, a garrafinha ecológica é feita considerando todos os ciclos de uso, de forma que desde a manufatura até o uso e consequente descarte da garrafa sejam feitos visando o menor impacto ambiental possível.
Entretanto, esta não é a melhor parte da 321 Water. Dentro da garrafa você encontra um filtro de carbono, que “suga” o cloro e as impurezas da água instantaneamente, para que você fique com o líquido fresco e potável, pronto para uso.Para usar, tudo o que você precisa fazer é colocar água de torneira na garrafa que a 321 Water faz todo o resto. Uma mão na roda para quem está sempre fora de casa ou quem pratica esportes regularmente.
O produto pode ser adquirido pela internet, através do site do desenvolvedor por 44,60 dólares. Cada filtro, que deve ser trocado periodicamente, custa 12,50 doláres. O produto será entregue em junho de 2010, porém ainda não chega ao Brasil.
Stern UV
Outro aparelho interessante, porém para ser usado dentro de casa, é o Stern UV. Ele nada mais é do que um purificador de água que se utiliza de luz ultravioleta para limpar as impurezas do líquido.
A ideia da designer industrial Olivia Blechschmidt veio após uma grande contaminação da bactéria E. coli na comunidade de Walkerton, em Ontário, no Canadá. De acordo com Blechschmidt, o Stern UV é uma ótima alternativa para quem precisa ferver a água, para que ela fique mais adequada ao uso.
As luzes ultravioletas matam micro-organismos como vírus, bactérias, protozoários e outros danificando seu DNA, uma vez que a radiação desfaz as ligações químicas que mantêm os átomos de DNA coesos no organismo.
Entretanto, a luz UV entra apenas nas células, sem prejudicar a água que está sendo tratada. Para usar o dispositivo, é preciso encher um recipiente com água, remover o bastão da base que o carrega e inserir dentro do copo. Você seleciona o volume de água no próprio timer do bastão e movimenta rapidamente o bastão, para depois deixá-lo em descanso até que a lâmpada se apague.
Uma vez apagada, a água está pronta para beber. O processo demora cerca de um minuto para copos pequenos e até três minutos para jarras maiores. Entre os benefícios está a economia de energia (o aparelho utiliza menos energia que uma escova de dentes elétrica), além de desencorajar o uso de água em garrafas que, como já visto anteriormente, prejudicam bastante o meio ambiente.
O aparelho ainda não está disponível para venda e, a princípio, foi criado apenas para uso doméstico, uma vez que possui um design moderno e combina bem com as mais diversas cozinhas atuais. Confira aqui mais imagens do Stern UV, no site da designer.
Chip de conversão
Outra possibilidade de transformação de água não potável em própria para o consumo é a retirada do sal. Os pesquisadores Sung Jae Kim e Jongyoon Han, do Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação do Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT), criaram um chip de concentração polarizada de íons, para a transformação de água salgada em doce.
O pequeno chip remove o sal e as impurezas da água repelindo-os eletrostaticamente através de uma membrana do sistema, que seleciona os íons. Durante os testes, os pesquisadores conseguiram remover 99% do sal e de elementos que contaminavam a água.
Entretanto, o chip ainda funciona apenas em microescala e necessita de uma alta quantidade de energia para funcionar, diferente do sistema de osmose reversa, usado atualmente para o processo. Porém, com o aperfeiçoamento, o dispositivo deve melhorar o consumo de energia para o mesmo utilizado por uma lâmpada comum. Deve ser lançado no mercado em torno de dois anos.
O objetivo final de cada uma dessas tecnologias é melhorar a qualidade de vida do cidadão e diminuir o impacto ambiental em nossas vidas. Tendo em vista que a água é um dos bens mais importantes para a sobrevivência, nada melhor do que começar a se preocupar mais com aquilo que ingerimos e depositamos na natureza.
Fonte: Baixaki / Indicação: AZootecnia
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