O que é REDD, REDD+ e REDD++ Reduções de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal
No último dia 08/03 o MMA – Ministério do Meio Ambiente, divulgou que a sociedade civil integrará o REDD+, aí fiquei pensando, o que é isto que nunca ouvi falar. Claro que na hora fui fazer uma busca e resolvi compartilhar aqui com vocês.
O REDD
Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal – é um medidor de responsabilidade ambiental, criado a partir das discussões internacionais sobre Mudanças Climáticas, nível de Emissões de Carbono na atmosfera por desmatamento e consequente aumento do efeito estufa (diminuição da floresta, queimadas, etc.) e Degradação Florestal (destruição da mata nativa, extração irregular e irresponsável, queimadas, alterações nos leitos dos rios e no entorno – assoreamento.
Este mecanismo foi criado para que os órgãos internacionais possam remunerar os responsáveis por manter a floresta em pé, sem desmatamento/corte.
A COP-16 acordou, também, que o REDD – Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal – será um índice obtido pela área/país em si, sem considerar o Mercado de Carbono (onde os países mais ricos podiam “ganhar pontos” por ajudar financeiramente áreas mais vulneráveis, em diferentes países.
Os recursos repassados pelo Fundo Verde serão enviados aos governos dos países, que administrarão obras, instituições, programas sociais, etc. Antes da realização desta 16ª Conferência (COP-16), ainda não havia uma definição sobre quem receberia o dinheiro repassado – as populações que vivem na floresta, os donos da terra ou o governo do país. Optaram por este último. Que os mecanismos de controle sejam os mais idôneos possíveis. Pelos históricos que temos, até agora, essa idoneidade foi bem difícil de ser constatada.
ORIGEM DO REDD
Surgiu em 2007, em Bali, por ocasião da COP-13 e constou da Carta do Caminho de Bali, prevendo a criação de políticas e incentivos positivos a questões referentes relacionadas com:
– a redução de emissões provenientes do desflorestamento;
– a redução de emissões provenientes da degradação florestal nos países em desenvolvimento;
– o papel da conservação da floresta em pé;
– o manejo sustentável das florestas e;
– o aumento dos estoques de carbono das florestas nos países em desenvolvimento (reflorestamento).
CATEGORIAS DE REDD
Existem 3 “tipos” de REDD – Reduções (no nível) de Emissões (tóxicas advindas) por Desmatamento e Degradação Florestal.
Assim, temos o REDD, o REDD+ e REDD++
REDD: Elemento de valorização da floresta correspondente à redução de emissões provenientes do desflorestamento e da degradação florestal nos países em desenvolvimento.
Ou seja, diminuir o desmatamento, reduzindo o corte em percentuais anunciados (o Brasil comprometeu-se em torno de 38%).
REDD+: É o REDD, mais o papel da conservação, do manejo sustentável das florestas e do aumento dos estoques de carbono das florestas em países em desenvolvimento.
Ou seja, diminuir o desmatamento, reduzir o corte, conservar o que existe, uso apropriado da terra e florestas, além de aumentar os estoques de carbono (reflorestar, aumentar as áreas de floresta).
É o que foi acordado na COP-16, em Cancun.
REDD++: É o REDD+, mais a agricultura, incluindo a garantia de melhores práticas com vistas ao não desmatamento.
Ou seja:
– Diminuir o desmatamento
– Reduzir o corte
– Conservar o que existe
– Garantir o manejo sustentável (rios, beiras de rios, prevenir a erosão, permitir que as árvores alcancem sua idade madura), e incluir o compromisso em adotar uma atitude responsável em relação à agricultura:
– Quais os melhores produtos a serem plantados em determinadas áreas (tipo de solo, clima, etc.)
– Diminuição (extinção) do uso de agrotóxicos
– Extinção das queimadas
– Meios de irrigação responsáveis, etc.
Hoje apenas 6% dos ruralistas e agricultores em geral utilizam recursos responsáveis para a irrigação, utilizando água sem nenhum controle.
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Hoje (11/03), serão selecionados dois representantes da sociedade civil que participarão da Comissão Nacional para Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa Provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal, Conservação dos Estoques de Carbono Florestal, Manejo Sustentável de Florestas e Aumento de Estoques de Carbono Florestal – REDD+ (CONAREDD).
A expectativa é que a seleção contemple a participação dos diversos setores interessados na implantação de REDD+ pelo Brasil, em especial comunidades tradicionais e povos indígenas. O encontro incluirá a escolha de dois suplentes para a comissão.
Esta notícia demonstra que a estratégia está afunilando aos maiores interessados, que são as pessoas que são diretamente afetadas pelos impactos ambientais negativos. Dando uma esperança às atividades voltadas ao reflorestamento e conservação ambiental.
Fonte: Compromisso Consciente | Ambiente Brasil