Matando a água que mora no subsolo
Matando a água que mora no subsolo
Muito se tem falado sobre águas subterrâneas, lençóis freáticos e aquíferos mundo a fora e sob solo brasileiro.
Em Belo Horizonte mesmo, aconteceu semana passada o XVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – VIII FENÁGUA – FEIRA NACIONAL DA ÁGUA. Produzido pela Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, tem como um dos pilares discutir e apresentar propostas visando uso racional e sustentável do objeto tema.
A verdade é que com esta estiagem que vivemos no momento (dizem ser a pior dos últimos 84 anos) o “pavor” de ficar sem água se torna latente. Principalmente nas cidades onde os casos são mais graves (e longos), acaba-se despertando e aguçando mais a população para a questão da sustentabilidade.
Como sempre há males que vêm para o bem, aproveitamos a deixa para trazer à tona algumas palavras relativas à situação da água potável no planeta.
“Debaixo de” Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, com seus 37.000 quilômetros cúbicos, está o maior corpo único de água subterrânea do mundo, denominado Aquífero Guarani.
Há um tempo atrás estudiosos achavam que apenas este aquífero, poderia abastecer o mundo com água de boa qualidade por cerca de 200 anos. Porém estudos recentes confirmaram que se não forem tomadas providências urgentes (e não políticas), a situação será crítica em menos de 20 anos.
Imaginem que talvez nossos filhos já sintam os efeitos desastrosos da irracionalidade para com o uso, dos ricos recursos hídricos ainda disponíveis.
O crescimento exacerbado do mundo (principalmente dos países emergentes) aumentou de forma assustadora a demanda por água. Aumentando também o número de fontes contaminadoras das águas subterrânea e do solo.
Este é um dos grandes problemas pessoal: a contaminação das águas em nome do crescimento nada sustentável e puramente descontrolado, com o único intuito de obter riqueza.
Riqueza esta, que não valerá absolutamente nada se não tivermos água nem para beber!
Bem, resumindo a “deixa da estiagem” inferimos (e não cansamos de repetir) que é mais do que urgente a conscientização global (política, social e cultural) sobre uso sustentável dos recursos hídricos subterrâneos (e não subterrâneos também).
É necessário investimentos maciços no conhecimento hidrogeológico para que cada vez mais se desenvolvam técnicas melhoradas de análise e para solução de problemas relativos ao tema.
E principalmente que nós tenhamos atitude suficiente para revertermos este “negro quadro” formado já há algum tempo, mas que insanamente muitos de nós negamos enxergar.
A mudança começa perto de você, com seu vizinho, seu tio, pai, irmão, amigo, colegas de trabalho, filhos, etc.
“Mude” localmente para fazer a diferença mundialmente!
Grande abraço!
Texto: Tomé Ferreira
Imagens: sxc.hu; en.wikipedia.org
Caso queira saber mais sobre o congresso, clique aqui.