CEBDS estuda concentrar startups de sustentabilidade
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) começou a se movimentar para atrair startups que tenham uma pegada sustentável. Atualmente, o CEBDS é composto apenas por grandes empresas, e reúne 60 das maiores corporações brasileiras, nas mais diversas áreas.
A ideia de abarcar startups em sua estrutura já foi debatida em seu Conselho de Administração, que reúne representantes de nove empresas, e também foi levada ao seu Conselho Consultivo, que reúne 13 representantes de setores da sociedade civil, envolvendo terceiro setor, universidades, inovação, moda, economia, energia, meio ambiente, entre outros. A proposta ainda será confirmada no Conselho de Líderes, que reunirá no próximo dia 25 de abril em SP, os CEOs de 12 empresas associadas.
Segundo a presidente do CEBDS, Marina Grossi, a ideia é ter num mesmo grupo inovadores que estejam revolucionando os setores tradicionais. “Ao ampliarmos nossa rede para startups voltadas para a sustentabilidade também serem membros do CEBDS promovemos um espaço de inovação ainda maior nas Câmaras Temáticas como a de água, clima, biodiversidade, impacto social, mobilidade, entre outras”. Para ela, existe enorme dificuldade de ambos os lados se aproximarem de maneira mais efetiva, apesar da vontade das startups, e do reconhecimento das grandes empresas de que a estrutura mais enxuta, flexível e dinâmica das startups são capazes de entregar mais inovação em menor prazo e com custo mais baixo. “Por isso, uma plataforma empresarial como a nossa é o espaço ideal para promover soluções práticas e com maior impacto para ambos os lados”, comentou.
Entre os 13 conselheiros consultivos do CEBDS, uma das principais incentivadoras da ideia, é Anielle Guedes, que aos 26 anos é um destaque no segmento inovação com sua Urban 3D. “A cada dois ou três anos, o setor de startups muda completamente e precisamos nos adaptar a essas mudanças. Da mesma forma, não há um meio único de se relacionar com as startups. Há que ser estudado caso a caso”, disse durante a reunião do Conselho. A ideia é que ela participe de uma curadoria para definir quais startups serão integradas ao CEBDS. O alinhamento das regras para a incorporação dessas startups ao CEBDS está sendo discutido e deverá levar em conta essas frequentes mudanças.
O Conselho Consultivo do CEBDS, recém-formado, é composto por representantes do terceiro setor, da academia, do comércio, da cultura, entre outros setores preponderantes para o tema. Fazem parte do Conselho, além de Anielle, André Guimarães, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM); Izabella Teixeira e José Alquéres, do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); José Eli da Veiga e José Goldemberg, da Universidade de São Paulo (USP); Ricardo Piquet, do Museu do Amanhã; Suzana Khan, da COPPE-UFRJ; Tomás de Lara, do Sistema B; Marcos Semola, diretor do Founder Institute Rio; Oskar Metsavaht, fundador e diretor da Osklen; Philippe Joubert, assessor sênior do WBCSD; e Anibal Wanderley, da Cerensa Tecnologia Ambiental.