Sustentabilidade, uma questão de escolha
Falar de sustentabilidade hoje não é muito difícil, pode ser complicado, mas difícil não é… Tanto que há várias pessoas com pseudo-gabaritos para esta finalidade. Eu os chamaria de “os famosos ambientalistas tupiniquins”… ah é assim que alguns são chamados por aí. Por não terem base em algumas questões, diga-se diploma e experiência. =]
Para ser um pouquinho mais radical: aqueles que acham que estão ajudando, mas na verdade está só como uma galinha tonta no galinheiro. Mas o fato é que já li muita coisa estranha por aí, digna de troféu abacaxi, mas é melhor não cutucar muito porque às vezes sai algo de útil, pelo menos uma imagem legal…Eu já errei aqui no blog várias vezes, mas sempre procuro corrigir, e para ser sincera, por duas vezes me puxaram a orelha.
Mas enfim, eu falei de sustentabilidade, não é? Nada melhor do que falar deste tema e dar alguns exemplos de conceitos!
“Sustentabilidade está relacionada com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais. A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.”
“O termo original foi ‘desenvolvimento sustentável’ um termo adaptado pela Agenda 21, programa das Nações Unidas. Algumas pessoas hoje, referem-se ao termo “desenvolvimento sustentável” como um termo amplo, pois implica desenvolvimento continuado, e insistem que ele deve ser reservado somente para as atividades de desenvolvimento. “Sustentabilidade”, então, é hoje em dia usado como um termo amplo para todas as atividades humanas”
Conceitos emprestados do tão confiável Wikipedia – (segundo o @marcelotas).
“(…) promover a exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir (…)”
“O desenvolvimento sustentável satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras poderem também satisfazer as suas.”
Relatório da Comissão Brundtland
Mas eu não disse que falaria de sustentabilidade? E este desenvolvimento sustentável aí? É a mesma coisa? Há pessoas que dizem ser, eu já discordo. Há quem pense que é apenas uma troca de denominações feitas pelo mercado, mas que não influencia em nada, já outros acreditam que a denominação desenvolvimento acabou no desuso por cauda da ideologia de que nem tudo gera um desenvolvimento por causa dos impactos ambientais (o que eu concordo). Assim a sustentabilidade acaba sendo algo mais centrado e objetivo.
Vou re-editar algo que já escrevi aqui no VivoVerde sobre a sustentabilidade ambiental, uma explicação bem excêntrica do que seria apenas a intenção do ser humano de projetar suas ações de hoje, trazendo um benefício daqui alguns anos. As empresas vêm com esta ideia de sustentabilidade e desenvolvimento ecológico há um tempo e parece que vem dando alguns frutos.
O que me causa mais empatia nas ações das empresas é a visão da sociedade sustentável, numa nova forma de entender este conceito, muito além dos papéis reciclados, redução de consumo e outros fatores ecológicos, apesar de que eles são também importantes para a sociedade, impulsionando a economia e proporcionando até inclusão social. É aquilo, a empresa ganha, mas também os colaboradores e as famílias destes que estão ligados diretamente com estas ações de sustentabilidade também ganham e levam isto por muito tempo como conhecimento.
Hoje não é difícil encontrar empresas que já implantaram programas de ecoeficiência baseado nos 3Rs de reduzir, reutilizar e reciclar, com a intenção de reduzir o consumo de recursos como água e energia, implementar a coleta seletiva em boa parte dos departamentos e também ter a consciência de trocar todo o papel (comum/branco) por papel reciclado. São pequenas/grandes ações que as empresas tomam com olhos voltados para o futuro. Com a intenção de se fazer um mundo melhor nas parcerias, cliente, colaborador e cidadão.
Hoje é normal se ver as empresas que realmente se procuram com o socio-ambiental, pode ser uma jogada de marketing? Talvez, o que importa realmente é que esta sustentabilidade no meio da responsabilidade socio-ambiental gera frutos que poderão ser questionados futuramente e estes o farão como armas contra o descaso ambiental que é tão sufocado atualmente.
Não veja como nenhum merchandising, mas a Revista EXAME escolhe a empresa do ano:
Natura Com o gene da sustentabilidade em seu negócio, a fabricante de cosméticos é escolhida a Empresa Sustentável do Ano
E ainda as 20 empresas-modelo:
AES Tietê Um método inovador para obter créditos de carbono
Amanco Funcionários se tornam disseminadores da agenda verde
Anglo American Todo cuidado é pouco ao abrir uma nova mina
Basf Uma linha direta para colher a opinião dos stakeholders
Bradesco Mais recursos para os financiamentos responsáveis
Coelba A distribuidora de energia incentiva o consumo consciente
CPFL Investimentos em produção de energia a partir do bagaço de cana
Elektro As ações sustentáveis dependem da participação de todos
Energias do Brasil A aposta em fontes limpas de baixo impacto
Itaú Parcerias para impulsionar as operações de microcrédito
Masisa Produção de painéis de madeira com baixo impacto ambiental
Perdigão Como conciliar a expansão com a conduta responsável
Philips O esforço para engajar os fornecedores nas boas práticas
Promon A sustentabilidade está presente nos detalhes
Real Empréstimos condicionados às práticas socioambientais dos clientes
Serasa Uma receita para incluir portadores de deficiência
Suzano A competição global exige padrões cada vez mais rígidos
Usiminas Crescimento sem perder de vista o impacto ambiental
Walmart O varejista muda para apagar a fama de pouco preocupado com questões socioambientais.
Tudo o que estas empresas fazem, geram de uma forma ou de outra um impacto positivo nas gerações futuras e/ou até mesmo nas de hoje.
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Olá, sou novo no blog e gostei muito desta postagem.
Quanto a Vale do Rio Doce, porque será que não consta nesta lista das “20 empresas-modelo”? Já que se diz tão preocupada com o meio ambiente.
Esta foi uma boa pergunta, creio que método de análise deles seja um pouco rigoroso, me lembro que na lista das 10 melhores empresas para se trabalhar (vejo o caso da SAMA, empresa de mineração de Amianto) ela sempre constava entre as 10. Mas últimamente necessita-se de um número razoavel de contratados também, nem imaginava que isto poderia influenciar, mas sim. Vendo por este lado, imagino que esta lista possa constar algo do gênoro no qual a Vale não se enquadre… pode ser.
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Como sempre.suas postagens são ótimas e esclarecedoras…..
sobre esse assunto, o máximo que posso ser é um pseudo-ambientalista tupiniquin, e pela forma de fosse escreveu esse post creio que os outros tambem serão otimos, espero largar dessa minha forma de pensar sobre o ambiente. Parabens!!!!
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