No modelo atual, alimentos serão insuficientes para a população de 9 bilhões em 2050

Um estudo encomendado pelo Banco Mundial ao Ph.D Jason W. Clay, pesquisador sênior da famosa ong WWF, apresentou resultados não muito satisfatórios para a questão alimentar até 2050, quando a população deverá chegar ao absurdo de 9 bilhões de habitantes. Nossa!!!!


De acordo com a pesquisa, a demanda global de alimentos deve dobrar até 2050 e a grande questão é se haverá comida suficiente para todos.
Caso não tenhamos alimentos suficiente os problemas serão catastróficos!
Para termos uma idéia, a nível individual haverá aumento na mortalidade infantil e aumento do número de crianças que não atingirão a capacidade mental ideal que teriam atingido com uma nutrição adequada. Aumento na incidência e severidade de doenças em função do comprometimento do sistema imunológico das pessoas. Nossas sociedades de forma geral ficarão reféns da escassez de alimentos, exacerbando os conflitos principalmente causados pelos “refugiados alimentares”!

Outro problema é que se a produção de alimentos já não era sustentável com seis bilhões de pessoas, como será sustentável com mais de nove bilhões. Caraca!
O desafio parece assustador e como será que vamos evitar esse grande problema?
Atualmente consumimos 1,3 planetas (30% a mais do que deveríamos) de acordo com o Índice Planeta Vivo da WWF, o que equivale a comer a semente.


Estamos literalmente “comendo o planeta”.
A solução talvez seja produzir mais com menos e encontrar maneiras mais eficientes de restaurar o planeta ao mesmo tempo, uma vez que a produção de alimentos é o que mais impacta de forma negativa a Terra, que está com cerca 70% da área disponível para produção já usada! Vixe!
Além disso, países em desenvolvimento como Brasil, China e Rússia, foram acelerando a conversão de habitats naturais em zonas produtivas provocando perda da biodiversidade que é fundamental para a saúde do planeta!

Ao final do estudo, Clay cita algumas estratégias para atingir o ambicioso objetivo de evitar o caus.
A seguir um resumo delas:
◘ Melhores Práticas – Os melhores produtores de todo o mundo são 100 vezes melhores do que os piores. Os melhores países são 10 vezes melhores do que os piores. Para alcançar a segurança alimentar mundial e manter o planeta, esses produtores e países piores deverão subir pelo menos até o meio da escala, ou seja, melhorarem pelo menos 50% dos melhores;
◘ Tecnologia – Precisamos usar todos os insumos (água, fertilizantes, pesticidas, energia) de forma mais eficiente com o intuito de no mínimo, dobrar nossa eficiência do uso de insumos, onde o ideal seria quadriplicar;
◘ Terras degradadas – Em vez de expandir para novas áreas de exploração, é preciso reabilitar o que foi degradado. A meta deverá ser: 100 milhões de hectares reabilitados até 2030 e 250 milhões em 2050;
◘ Direitos de Propriedade – Equacionar de forma positiva a questão das patentes sobre alimentos, o que para muitos chega a ser absurdo, para que isso não estagne a produção;
◘ Diminuição drásticas dos resíduos – Mundialmente falando, cerca de 30 / 40 por cento de todo o alimento produzido é desperdiçado! Pode uma coisa dessa? É um crime desperdiçar comida!
◘ Sobre o consumo – Um bilhão de pessoas não têm comida suficiente, enquanto um bilhão de pessoas comem demais. A meta razoável seria não só para congelar esses números, para que eles não aumentem mas sim reuzir pela metade até 2030;

Resumindo, embora nenhuma estratégia irá resolver em 100% o problema global de alimentos ou garantir a segurança alimentar mundial, se quisermos, poderemos encontrar formas de lidar e amenizar muito esta questão.
Será necessário questionar as estratégias existentes, que mostram um cenário atual sem capacidade de nos levar onde precisamos ir.

“Ninguém tem todas as respostas, mas juntos podemos resolver este problema e deixar para nossos filhos e netos um planeta, vivo”, finaliza Jason.

Grande abraço!

Por Tomé Ferreira

Fonte:
dels.nas.edu
Imagens:
sxc.hu

Tomé Ferreira

Graduando em TECNOLOGIA EM MULTIMÍDIA DIGITAL pela UNISUL Iniciei minha carreira como “Desenhista” de prancheta. Arte-finalizava tudo manualmente também fazendo trabalhos esporádicos de Jornalismo Social. Em 1992 com a chegada do microcomputador fiz diversos cursos na área de design entre eles Photoshop (Senai), Indesign e QuarkXpress (Casa de Editoração), Corel Draw e FreeHand (Market) entre outros, aprendendo muito como autodidata também. Fundei o Portal Duniverso em 2009 iniciando de vez minha saga pelo jornalismo o qual me apaixonei. Jornalista registrado no Ministério do Trabalho e Emprego sob o número: 0016467MG. Vida inteligente na WEB.

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