Privada promete converter dejetos humanos em eletricidade e fertilizantes

Batizada de No-Mix Vacuum Toilet, a nova privada desenvolvida por cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Cingapura, promete reaproveitar tudo o que “jogamos fora” quando vamos ao banheiro. O número 1 se transforma em fertilizante, enquanto o número 2 é utilizado para produzir eletricidade.

Como? O vaso sanitário possui duas câmaras que separam os dejetos líquidos dos sólidos. Após a descarga, o xixi é encaminhado para uma instalação de processamento capaz de separar o nitrogênio, fósforo e potássio presentes na urina humana para utilizá-los na produção de fertilizantes. Já o cocô segue para um biorreator para liberação de biogás, que contém metano – substância que pode substituir o gás natural utilizado nos fogões ou, ainda, ser convertida em eletricidade.

E as promessas do No-Mix Vacuum Toilet não param por aí: a privada tem potencial para reduzir em até 90% os gastos com água, em relação aos atuais vasos sanitários. Isso porque ela possui uma tecnologia de vácuo de sucção – a mesma usada em banheiros de aviões – que utiliza entre 0,2 e 1 litro de água por descarga, enquanto uma privada convencional consome entre 4 e 6 litros.

O projeto do No-Mix Vacuum Toilet levou cerca de um ano e meio para ser desenvolvido pelos cientistas da NTU que, agora, planejam testar o produto em dois banheiros da própria universidade. Se a privada realmente funcionar, a expectativa é de que seja lançada no mercado em cerca de três anos. Você aprova o uso do No-Mix Vacuum Toilet em banheiros públicos mundo afora?

*Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU)

Foto: NTU/Divulgação

Thiego Reis

Thiego é um pesquisador e um observador do progresso tecnológico da humanidade. Ele também é um entusiasta do pensamento humano e um defensor do ambiente amigável de energia alternativa.

One thought on “Privada promete converter dejetos humanos em eletricidade e fertilizantes

  • 12 de julho de 2012 em 11:45
    Permalink

    E acho que tudo se converte para isto… um dia ainda será normal ter um sistema em casa residenciais em que tudo pode se reaproveitar…

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