Simpósio Internacional – Por uma Agência Brasileira da Cannabis Medicinal

Estará acontecendo nos dias 17 e 18 de maio de 2010 em São Paulo, o Simpósio Internacional voltado a discutir a necessidade de uma Agência Nacional da Cannabis Medicinal. Recomendação essa citada pela ONU para os países que buscam estudar o lado medicinal da planta.

Simpósio Internacional da Cannabis medicinalhttps://www.cannabismedicinal.org.br/

O Simpósio Internacional: “Por uma Agência Brasileira da Cannabis Medicinal?” reunirá cientistas do Brasil e do exterior, sociedades científicas e Agências Governamentais para discutir a oportunidade de ser criada a Agência Brasileira da Cannabis Medicinal, que permitiria e controlaria o uso médico da maconha e seus derivados.


O evento acontecerá nos dias 17 e 18 de maio no Teatro Marcos Lindenberg da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)”

E. A. Carlini
Diretor do CEBRID
Presidente da Comissão Organizadora

15 thoughts on “Simpósio Internacional – Por uma Agência Brasileira da Cannabis Medicinal

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  • 17 de maio de 2010 em 21:01
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    Acho extremamente pertinente a discussão.
    A qualidade de vida de muitas pessoas portadoras de doenças degenerativas, cancer, Aids, glaucoma e outras poderá ser aumentada com a regulamentação de leis que coordenem de forma digna e sem demagogia o uso de uma substancia que já é usada em larga escala no Reino Unido, Canadá e alguns estados americanos!
    Parabéns ao VivoVerde pela atitude de divulgar sem apoiar ou criminalizar um evento que presa discutir séria e livremente um assunto de interesse da sociedade científica e social!

    Um desejo pessoal ao senado Brasileiro: – Regulamentem o uso, cultivo, taxação de impostos e distribuição da cannabis no Brasil!

    Paz sempre, e diga NÃO ao tráfico!

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  • 6 de junho de 2010 em 21:49
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    Legalize já

    Começa nesta segunda-feira (17), em São Paulo, um encontro científico internacional para discutir a criação de uma agência reguladora para o uso medicinal da maconha no Brasil. Hoje, o país não permite que os princípios ativos da planta possam se transformar em remédios.

    A fundação de um órgão desse tipo é uma exigência da Organização das Nações Unidas. Em países como os EUA, Canadá, Reino Unido e Holanda, a Cannabis já é usada como analgésico, estimulador do apetite ou para o controle de vômitos.

    Aqui, o grande defensor de terapias com a maconha é o médico Elisaldo Carlini, que organizou o evento. Segundo ele, as substâncias presentes na planta são muito úteis para serem deixadas de lado. “Há centenas de trabalhos científicos mostrando os efeitos terapêuticos da maconha”, afirma.

    De acordo com o médico, não é de hoje que se conhece o efeito benéfico da droga. A prova de sua afirmação está em um livro de medicina de 1888, comprado por seu avô, onde a Cannabis constava como remédio.

    Carlini, porém, não é favorável à liberalização da maconha para uso recreativo, e nem se encaixa no estereótipo “bicho-grilo”, muitas vezes associado aos usuários da droga.

    Professor de medicina na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ele tem 79 anos e já foi chefe da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, a atual Anvisa. Hoje, dirige o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e é membro do comitê de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre álcool e drogas.

    Confira, abaixo, trechos da conversa que o G1 teve com o médico da Unifesp.

    G1 – As substâncias químicas da maconha são tão importantes para a medicina a ponto de haver esse esforço para a criação de uma agência reguladora?

    Elisaldo Carlini – Essas substâncias estão reconquistando uma posição que elas tinham no início do século XIX e no início do século XX, quando a maconha era considerada quase uma divindade na neurologia para tratamento das dores de origem nervosa.

    Livro de medicina de 1888 já falava sobre o uso da maconha como remédio. (Foto: Iberê Thenório/G1)
    O próprio Dr. John Russell Reynolds, que era médico da Rainha Vitória na Inglaterra no fim do século XIX, dizia que a maconha, quando administrada na dose adequada – e o produto controlado nas suas qualidades -, era um dos medicamentos mais preciosos.

    Depois se perdeu totalmente essa visão, e a maconha foi considerada uma droga maldita, uma droga que a ONU coloca como especialmente perigosa, ao lado da heroína, o que é uma coisa totalmente irreal.

    G1 – Não se corre o risco de esses remédios serem usados para “fins recreativos”?

    Elisaldo Carlini – Se não houver os devidos cuidados, pode acontecer. É como a morfina, que está disponível, todos os pacientes têm o direito de ter, mas que não deve ficar “à solta”, não se pode ter na prateleira de uma farmácia sem maiores cuidados. Terá que haver uma legislação que garanta o controle adequado, como existe na morfina.

    Em alguns países onde o delta-9-THC [uma das substâncias da maconha] está sendo comercializado, não há exemplo de desvio. Nesses casos, o fato de a maconha ter se transformado em medicamento tirou um pouco o encanto, o desafio às regras que é muito comum o jovem querer praticar.

    G1 – Os pacientes podem ficar dependentes desses remédios?

    Elisaldo Carlini – A OMS fez um estudo mundial para investigar casos de dependência causados pelo delta-9-THC e não conseguiu encontrar.

    G1 – Como é possível pesquisar maconha no Brasil, já que a venda da droga é proibida?

    Terá que haver uma legislação que garanta
    o controle adequado,
    como existe
    no caso da morfina”
    Elisaldo Carlini
    Elisaldo Carlini – É complicado. Você tem de fazer um projeto que seja aprovado pela sua universidade, onde o comitê de ética opina. Aí é necessário conseguir uma aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e também da Anvisa, que tem de aprovar o projeto para liberar a droga. Então a droga tem de ser importada dos Estados Unidos, da Alemanha, onde há cultivo legal. E o governo dos países que vão exportar para o Brasil têm de aprovar, também.

    G1 – Você é a favor da liberalização da maconha?

    Elisaldo Carlini – Sou a favor da “despenalização”. Eu acho que o enfrentamento do uso de qualquer droga não passa por repressão e prisão. Passa por uma educação em que o indivíduo tem de saber o que ele está fazendo. Já esse “liberou total” que estão querendo não traz benefício nenhum. Eu, particularmente, não sou a favor. Mas eu não sou contra a discussão desse assunto.

    Iberê Thenório Do G1, em São Paulo

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