Havaianas e suas causas ambientais, será?

Quem nunca teve um par de chinelos Havaianas? Pelo menos no meu círculo de convívio é bem difícil de encontrar alguém que não tenha ou teve uma… O fato é que ontem comprei um par de chinelos e um “tênis” pois precisava muito de ambas… Ao chegar em casa fui “namorar” os novos tênis… Ele tinha uma etiqueta de papel no qual registrava que o produto era feito de “juta” e que ajudava no meio ambiente  (fibra cultivada de maneira sustentável por famílias ribeirinhas da Amazônia)… fiquei com aquilo na cabeça e por conta do sono, não fui pesquisar, mas agora aqui estou, e vou socializar a tal “juta“…

A priori fui no Google e encontrei a seguinte citação:

Juta (Corchorus capsularis) é uma fibra têxtil vegetal que provém da família Tilioideae. Esta erva lenhosa alcança uma altura de 3 a 4 metros e o seu talo tem uma grossura de aproximadamente 20 mm, crescendo em climas úmidos e tropicais. A época de semear varia, segundo a natureza e o clima. – Wiki

Interessante… Além disto:

É uma cultura fácil, acompanhada de uma maceração trabalhosa e de pouco rendimento, sem a utilização de agrotóxicos ou fertilizantes. – Wiki

Agora a coisa ficou mais interessante. Até os anos 30 a juta era proveniente exclusivamente da Índia,  introduzida por japoneses no Brasil, ela foi difundida e plantada na região e já chegou a representar 30% da economia do Estado do  Pará. Hoje, o cultivo de juta concentra-se em Manaus e Manicoré, na Amazônia.

Para não dizer que fiquei só nisto, fui no site e descobri que se você comprar um estilo de sandálias, 7% é destinado ao Instituto Ipê.  Além disto, na fabricação das chinelos havaianas sobram um monte de pedacinhos, estes são recolhidos e reutilizados em novas chinelos, isto fiquei sabendo na parte de curiosidades, que parece um museu virtual, bem legal.

Bom, esta matéria não é publicitária… Mas apenas quis mostrar que dá para você tentar procurar certas veracidades sobre o quão ambiental é tal produto, se aquilo que a empresa fala é de fato algo benéfico ou não para a natureza (e até para comunidades). Neste caso fiquei sabendo até de mais coisas além da tal “juta” e em buscas simples e fáceis.

E mais:

“As culturas da juta e malva são importantes para as comunidades ribeirinhas. Além de impulsionar a economia, essas atividades evitam o êxodo rural”, argumenta Arlindo de Oliveira Leão, secretário executivo do Ifibram. Fonte

“No descarte, a juta se decompõe em 2 anos enquanto o algodão leva 10, e o poliéster pode chegar a 100 anos” – Fonte

 

Fica a dica.

Daiane Santana

Daiane Santana é a idealizadora do Portal VivoVerde, nasceu em Minaçu/GO e atualmente reside em Parauapebas-PA e há 15 anos escrevo neste site. Sou formada em Engenharia Ambiental, pela UFT – Universidade Federal do Tocantins, pós-graduada em Gestão de Recursos Hídricos e Engenharia de Segurança do Trabalho. Atuo como consultora, ministro treinamentos nas áreas de meio ambiente, segurança do trabalho quando dá tempo. Contato: portalvivoverde@gmail.com | Twitter - @VivoVerde | Instagram: @DaianeVV | 063999990294

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