#AcontecenoTO – Tocantins recicla 3 toneladas de lixo eletrônico por mês
Com o acelerado avanço da tecnologia, uma grande quantidade de equipamentos eletrônicos se tornam obsoletos e são diariamente descartados em locais inadequados . O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, estima que são descartados cerca de 97 mil toneladas métricas de computadores, duas mil de celulares e 17 mil de impressoras por ano, somente no Brasil.
Por outro lado, governo federal e estaduais, associações de catadores de materiais recicláveis e empresários do ramo estão unidos para tentar mudar essa realidade. No Tocantins, o esforço pode ser percebido com o empreendimento montado pelo administrador Gledson Neves, que há três anos trabalha com a reciclagem de eletrônicos.
Com o seu empreendimento, Neves consegue dar destinação correta a cerca de três toneladas de lixo eletrônico por mês. Segundo ele, a atividade pode ser muito lucrativa. “Esse é um material que possui alto valor de mercado e o processo demanda uma formação adequada para fazer a separação correta dos metais que servirão de matéria-prima para a produção de outros produtos”, explica.
De acordo com Neves, um HD de computador inteiro custa R$ 0,20 centavos o quilo. Se a peça for aberta e for feita uma separação dos componentes é possível vender a placa por R$ 3,80 a unidade, por exemplo.
A Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades) estimula a organização do setor produtivo relacionado aos resíduos sólidos, através do Workshop de Resíduos Sólidos Urbanos. O evento circulou por todas as regiões do Tocantins desde fevereiro, mobilizando e capacitando cerca de 800 professores, funcionários públicos e catadores de materiais recicláveis.
A catadora Edileuza Mendes, participante do Workshop que acontece até esta quarta-feira, 30, em Palmas, disse que antes desconhecia o procedimento correto para o aproveitamento e reciclagem de eletrônicos. “Antigamente a gente até queimava esse material (eletrônico). Agora nós sabemos o valor que tem as peças e podemos comercializar”, afirma.
Texto e fonte: Gabriela Glória – Ascom/Semades