Biocombustíveis no Tocantins

Eu bem que gosto da ideia e criação de usinas de biodíesel, sempre vejo uma na estrada e escutava bem pouco falar delas, principalmente como foi a criação e como o governo do Estado se porta perante este tipo de iniciativa. Hoje, passeando pelo site do Governo do Estado do Tocantins, vi uma aba sobre os Biocombustíveis e fui dar uma olhada. Abaixo apresento na íntegra:

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“O Tocantins está pronto para oferecer biocombustíveis ao mundo, sem derrubar nenhuma árvore para plantar matéria-prima e sem desvirtuar as terras que hoje são utilizadas na produção de alimentos.Para isso, a cana-de-açúcar que serve de matéria-prima ao etanol e as oleaginosas dos biocombustíveis são plantadas em áreas de pastagens degradadas. São 5 milhões de hectares de pastagens, que já começam a receber investidores, que promovem a recuperação do seu solo e o plantio das novas culturas.

A ocupação destas terras está prevista no estudo “Rota do Álcool”, elaborado pelo Governo do Tocantins. A projeção para os próximos 10 anos é de instalar 24 usinas de etanol (600 mil hectares) e 20 usinas de biodiesel (200 mil hectares) nestas áreas.

Produção atual

Atualmente, o Tocantins conta com duas usinas de biodisel em funcionamento (Brasil Ecodiesel e Biotins Energia) e três em instalação, utilizando o pinhão-manso e a mamona como matéria-prima. Com isso, em menos de dois anos, o Tocantins já alcançou uma das maiores áreas contínuas do Brasil dedicadas ao cultivo de pinhão-manso. Outras opções de oleaginosas que se destacam para a produção do chamado “combustível limpo” são a soja, o girassol, o amendoim e o algodão.

Na área de etanol, o Tocantins possui duas usinas de cana-de-açúcar em atividade e produz também conhecimento, possuindo estudos inéditos que apontam grandes vantagens para o etanol fabricado da batata-doce.

Futuro

Com os biocombustíveis, o Tocantins está oferecendo ao mundo uma alternativa para substituir os combustíveis fósseis, mais poluentes e produzidos de matérias-primas não renováveis. Mas o estado tem condições para contribuir com muito mais. No Tocantins, o sol brilha por mais tempo, considerando a média nacional. São 2.400 horas/luz ao ano, suficientes para a produção de energia solar em larga escala. Fonte: Governo do Tocantins

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Lembro-me que logo que se iniciou as discussões sobre os combustíveis de fonte vegetal, ainda na época de colégio, o grande problema apontado seria a fome, sim, no início haviam países que estavam usando grãos (milho, soja e outros grãos que fazem parte da alimentação humana e cesta básica). Com o passar do tempo, novas tecnologias e investimentos em pesquisas foram se enraizando e criando novas fontes com uma ampla variedade de vegetais para o beneficiamento destas usinas, que no caso, não interferirá no consumo humano.

Daiane Santana

Daiane Santana é a idealizadora do Portal VivoVerde, nasceu em Minaçu/GO e atualmente reside em Parauapebas-PA e há 15 anos escrevo neste site. Sou formada em Engenharia Ambiental, pela UFT – Universidade Federal do Tocantins, pós-graduada em Gestão de Recursos Hídricos e Engenharia de Segurança do Trabalho. Atuo como consultora, ministro treinamentos nas áreas de meio ambiente, segurança do trabalho quando dá tempo. Contato: portalvivoverde@gmail.com | Twitter - @VivoVerde | Instagram: @DaianeVV | 063999990294

9 thoughts on “Biocombustíveis no Tocantins

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  • 5 de julho de 2010 em 17:19
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    Mas e os antigos “donos” da pastagem “degradada”? Será que irão trabalhar como operário na usina de combustível ou, se beneficiando da especulação imobiliária rural, irão desbravar regiões virgens (floresta)?

    É balela achar que a expansão agrícola em áreas sub-utilizadas não influencia na devastação de áreas de florestas ou na substituição de áreas de plantações de alimentos.

    Outro grande fator impactante deste chamado combustível “verde” é a intensa concentração de terra na mãos de alguns poucos usineiros (aliás, nem mais poucos usineiros visto que essa indústria está sendo domada pelas grandes corporações).

    Nem quero levantar a bandeira de reforma agrária, produção familiar nem nada, mas quando um município de, digamos lá, 75 mil habitantes, onde a indústria de combustível emprega 5 mil funcionários diretamente, mais o dobro indiretamente, sem contar os dependentes desses funcionários, começa-se a compreender que apenas uma indústria detém GRANDE influência na população local. Isso não é nem um pouco saudável.

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  • 26 de abril de 2011 em 9:32
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    Ola..a ideia de organizar a produção de combustiveis,se preocupando com a natureza é muito importante e me interessa bastante.Tenho especialização em Gestao e Planejmento Ambiental e gostaria de participar desse projeto.

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