Ford investe em laboratório de análise de matérias-primas plásticas na fábrica de Camaçari/BA
Conheci estes trabalhos da Ford em 2011, quando tive a oportunidade de ir ao 1º Prêmio Ford de Sustentabilidade e no 16º Prêmio Ford de Conservação Ambiental que ocorreu em São Paulo. E foi a primeira vez que escutei falar que uma empresa de automóveis trabalhava com recicláveis em seus carros… Ou seja, eu amei!
Continuando seus trabalhos com recicláveis, a Ford colocou em operação na fábrica de Camaçari, na Bahia, o seu laboratório de polímeros, materiais que compõem várias peças plásticas aplicadas em veículos. Primeiro da marca na América do Sul, esse centro de análise é muito importante, considerando que essas matérias-primas estão presentes hoje em cerca de 60% do número de peças usadas nos carros.
Até então, essas análises eram feitas por parceiros, como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT, seguindo os padrões globais de qualidade da marca.
Fazem parte da categoria de polímeros materiais como o polipropileno, o polietileno de alta e baixa densidade, os acrílicos e o ABS, que são objeto de constantes pesquisas. As principais características buscadas no desenvolvimento desses compostos são a redução de peso, a durabilidade, o aumento do conteúdo reciclado e o menor custo, além de aspectos como a aparência em itens de acabamento.
“O laboratório de polímeros reforça a nossa estrutura para garantir a qualidade, confiabilidade e robustez de componentes que são usados em vários sistemas dos veículos”, diz Cristiane Gonçalves, supervisora de Engenharia de Materiais da Ford.
O novo laboratório está instalado no centro de desenvolvimento do produto da Ford na fábrica de Camaçari, na Bahia. Seus equipamentos incluem máquina de ensaio de índice de fluidez e microscópio estereoscópico, que permite uma análise binocular em profundidade da composição dos materiais. A equipe do setor é formada por profissionais especialistas na avaliação de propriedades como deformação, resistência, contaminação, dureza e elasticidade dos polímeros.
Com a instalação, a Ford ganha agilidade na certificação de novos materiais plásticos desenvolvidos por fornecedores e passa a liderar toda a cadeia técnica e logística de testes na área.
Olha Ford, vocês são lacradores quando o assunto é reciclagem em automóveis. acompanho a tempos o trabalho de vocês e é sensacional sim! Fico aqui com a vontade de conhecer esta fábrica “bem aí” rs.
PS.: Nota da autora… Gente, foi neste evento que falei aí em cima que eu tive o primeiro contato com o #trabalhoescravo, nunca havia escutado falar da forma que foi apresentado neste evento. Colocaram um rapaz chamado Luiz Machado, coordenador nacional do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo da ILO (International Labor Organization), com uma bagagem compacta e clara, falando sobre o combate ao trabalho escravo e que a Ford abraçava a ideia em toda a cadeia de trabalho… Nunca me esqueci disto! 🙂