Orgão ambiental participa de conservação de nascentes em aldeia Xerente
Como parte da ação, foram plantadas 500 mudas de palmeiras nativas – buriti e bacaba – produzidas em viveiro construído dentro da Aldeia Porteira, que recebe apoio técnico do órgão ambiental do Estado e de outros parceiros ; meta é chegar a 10 mil mudas até o final deste ano.
Mais de 500 mudas de palmeiras nativas da região – buriti e bacaba – foram plantadas na área da nascente Kâtoprere, afluente do rio Tocantins, próxima à Aldeia Porteira, no município de Tocantínia. A realização da atividade aconteceu no início de março e já totalizam 4,8 mil mudas, todas produzidas no viveiro instalado na Aldeia Porteira, da comunidade Xerente.
Segundo o gerente de Suporte de Desenvolvimento Sócio-econômico do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Rodrigo Casado, o plantio das palmeiras faz parte de um projeto maior, o Progeta Porteira (Projeto de Gestão Territorial e Ambiental da Aldeia Porteira), realizado numa parceria entre Naturatins, Fundação Nacional do Índio (Funai), Associação Indígena Nrozawi, Ibama/PrevFogo e Prefeitura Municipal de Tocantínia. O objetivo principal é fazer a gestão da área territorial da Aldeia. “O projeto prevê também a recuperação de três áreas de relevância ambiental para a aldeia”, explica Casado.
Conforme Casado, as parcerias do Progeta Porteira foram formalizadas por meio de Acordo de Cooperação Técnica e a o Instituto contribui exatamente com apoio técnico, fornecendo mão de obra qualificada, como engenheiros ambientais e florestais, além de viveiristas, que auxiliam nas técnicas de produção das mudas.
A meta da Associação Indígena Nrõzawi, gestora do Progeta Porteira, é produzir e replantar até o final deste ano 10 mil mudas. “Nós disponibilizamos três técnicos viveiristas para ensinar aos membros da comunidade indígena todo o processo de produção e, hoje, eles próprios estão cuidando do viveiro, que tem apresentado bons resultados”, reforça Casado.
De acordo com o presidente da Associação Indígena Nrozawi, Devanir Sawrepte Xerente, até março o viveiro produziu, além das palmeiras, mudas de diversas espécies de árvores frutíferas do cerrado, entre as quais caju, oiti do cerrado, aroeira e mangaba. Ele resalta que toda a produção será utilizada para recuperação de áreas degradadas e proteção das nascentes localizadas no território da Aldeia.
Devanir Xerente diz que o trabalho realizado neste projeto é muito importante porque envolve toda a comunidade da aldeia, desde os mais jovens até os anciãos. O trabalho está sendo feito no sentido de verificar como a natureza está, desde o solo, a pesca, a caça e tudo que possa contribuir para a sobrevivência da cultura tradicional Xerente.
O Projeto de Gestão Territorial e Ambiental da Aldeia Porteira é financiado por recursos do Banco Mundial, via edital DGM FIP Brasil (Mecanismo de Doação Dedicada), com recursos na ordem de R$ 198 mil para conservação de três nascentes, construção do viveiro e também de uma casa de Cultura e Etno mapeamento da Aldeia Porteira.
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