#semtrabalhoinfantil na zona rural
Na semana passada ocorreu a blogagem coletiva “É da nossa conta do projeto #semtrabalhoinfantil, iniciado pela @samegui do Blog @avidaquer, promovida pela Fundação Telefonica/Vivo e apoiada pelo @promenino. Logo de cara resolvi apoiar a blogagem, afinal quanto mais pessoas falando sobre certo assunto, pode-se tomar força e mais pessoas começarem a pensar juntos.
Fui convidada para alguns Hangouts com o pessoal do projeto para discutirmos vários assuntos vinculados ao trabalho infantil, porém não deu muito certo, mas pude escutar vários depoimentos. Mas, para esta minha colaboração no blog, resolvi puxar o gancho para o trabalho infantil proveniente da zona rural.
Para caracterizar um pouco mais minhas ideias, perguntei no twitter :
>>
@VivoVerde O que você acha do trabalho infantil e adolescente no meio rural?#semtrabalhoinfantil
Consegui algumas respostas relevantes:
@phelipecunha Acho que devemos ter em mente que o “trabalho” na roça de casa, da própria família, pode e não pode ser chamado de trabalho Infantil, se causar danos a direitos garantidos das crianças, eu comparo a participação da criança na agricultura familiar e no agronegócio. Mas se apenas for o rito de iniciação ao trabalho, respeitando as crianças, eu prefiro não definir como trabalho infantil. Por uma sorte, só precisei trabalhar aos 18 anos vendendo cartelas de bingo na feira. Mas sei que foi sorte! Há! Esqueci de dizer, quando criança fazia roça todo ano com meu avô… Era tão divertido, cada um no final fazia suas “tarefas”.
Também quis saber:
>>
@VivoVerde Com quantos anos você começou a trabalhar? Porque e onde?#semtrabalhoinfantil
E as respostas foram:
@nen_daniel Com os 16, para não precisar de pedir dinheiro aos meus pais em uma loja… #semtrabalhoinfantil
@bigrando Comecei a trabalhar com 18 anos, cursando o 3o semestre da faculdade de Arquitetura!
Percebe-se na resposta do Phelipe, que a questão familiar é de grande importância, confesso que quando ele me respondia eu conseguia ver minha opinião sendo descrita. Concordo muito que em uma família primeiro há de se ter uma “base familiar” que faça com que aquele convívio se faça saudável.
Agora, puxando para o lado ambiental, a agricultura familiar nas zonas rurais tem muito disto, da ajuda das crianças (chamaria até de inserção ao meio ambiente de forma didática e familiar), claro que considerando trabalhos bem tranquilos de se fazer. Me lembro que quando criança ía para o sítio dos meus avós ajudar na “lida”, como era chamado o trabalho na roça. Me divertia mais do que ajudava na roça, mas era esta a intenção. Outro fator que deve ser lembrado é o fato de sempre impor a educação em primeiro lugar! Mas voltando a base familiar, em um grupo de pessoas onde há esta base, dificilmente haverá algum conflito. Obrigação da criança de trabalhar na zona rural para complementar a renda, pode ser um fator, mas que quando conciliadas a base familiar, isto pode ser tratado de uma forma mais tranquila e respeitando também a obediência com os mais velhos.
A idade apresentada pelos seguidores do twitter foram bem satisfatórias, mostra também a presença da educação como formação e também da ideia de se libertar, de se sentir independente, o que é normal, desde que haja acompanhamento.
No ano passado tive a oportunidade de acompanhar uma premiação ambiental em São Paulo/SP de uma marca, e um dos pilares que foi apresentado foi o trabalho escravo e também foi lembrado o trabalho infantil de forma indireta na produção de materiais, quando falo em materiais é qualquer tipo de “coisa” que provém de uma matéria-prima, proveniente do meio rural e que precisa chegar a um processo de produção. Sim, são aquelas pequenas comunidades que são obrigadas a trabalhar de forma invariável e até mesmo de forma desgastante para que haja lucro de alguma forma na extração desta matéria-prima.
Acho que já ficou bem clara minha opinião, acho que o pilar desta problemática é o núcleo familiar, consiliado com o poder público, incentivando em educação, saúde de qualidade e até mesmo projetos de qualificação para as famílias de baixa renda, que tem o fator da ajuda da criança para o aumento na renda familiar. Projetos como este da rede privada também é de grande valia.
Mas gostaria de destacar que, também sou a favor de projetos que inserem o jovem e adolescente nas empresas, dando ajuda técnica, acho que o trabalho desde que seja acompanhado pelos pais, pode sim ajudar no crescimento do jovem e fazer com que ele cresça e entenda alguns fatores das responsabilidades que o mundo solicita de nós.
É isto, não precisei trabalhar em minha infância e adolescência, pois em minha casa a educação era “solicitada” por meus pais, só fui começar a trabalhar quando terminei a faculdade, aí… Nesta hora a ajuda do papai acabou “meeeesmo” (rs). E você, o que pensa? Precisou trabalhar desde muito cedo? Conhece casos contrário a isto que relatei? Vamos conversar um pouco…
Mais informações:
Fan Page Pró-Menino: https://www.facebook.com/redepromenino
Twitter: @promenino
Site: promenino.org.br