Nigéria sofre com vazamentos de petróleo há mais de 50 anos e poucos se importam
Nada menos que 2 bilhões de litros vazaram no Delta do Níger nos últimos 50 anos / Foto: Jane Hahn – NYT
Depois do pronunciamento do presidente norte-americano Barack Obama sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México e as medidas emergências exigidas pela comunidade internacional para conter o desastre ambiental, o jornal New York Times revela um caso de abandono na África Ocidental.
Em reportagem publicada quarta-feira, 16 de junho, o NYT relata a situação no Delta do Níger, na Nigéria, onde grandes vazamentos de petróleo ocorrem há 50 anos. A quantidade de petróleo na natureza é equivalente a um derramamento do navio Exxon Valdez (de 41 milhões de litros, ocorrido no Alasca, em 1989) ao ano, segundo estimativas. O petróleo vaza quase todas as semanas, e alguns pântanos há muito tempo não têm mais vida.O jornal destaca que é possível que em nenhum lugar na Terra tenha sido tão castigado pelo petróleo, e os habitantes estão impressionados com a atenção constante ao vazamento da plataforma da British Petroleum. “Há poucas semanas, um duto da Royal Dutch Shell que havia estourado nos mangues foi fechado após vazar por dois meses: agora, não há um ser vivo em um mundo preto e marrom outrora povoado por camarões e caranguejos.”, informa Adam Nossiter, repórter do NYT.
Os vazamentos na Nigéria são causados por dutos enferrujados, nunca fiscalizados em razão de regulamentação ineficiente ou criminosa e afetados por manutenção deficiente e sabotagens. Nada menos que 2 bilhões de litros vazaram no Delta do Níger nos últimos 50 anos, concluíram especialistas em relatório de 2006.
Apesar da situação, os protestos não são frequentes. A reportagem informa que no mês de maio, soldados que guardam um local da Exxon Mobil espancaram mulheres que realizavam uma manifestação. “Não temos a imprensa internacional para cobrir o que acontece aqui, então ninguém se preocupa. Sentimos muito pelo golfo, mas é o que acontece aqui há 50 anos”, disse Emman Mbong, uma autoridade em Eket.
Criança dentro de um lago cheio de petróleo na Nigéria / Foto: Jane Hahn – NYT
A Nigéria produziu mais de 2 milhões de barris de petróleo ao dia. O país recebeu um grande investimento da década de 1960 para construção de dutos que hoje são encontrados abandonados em meio aos pântanos e palmeiras. A Shell é a principal empresa explorada no país, mas, segundo sua porta-voz em Lagos, Caroline Wittgen, a empresa não discute os vazamentos, alegando que são provocados por sabotagem ou roubo.
Para muitos especialistas e autoridades locais, as empresas culpam excessivamente a sabotagem para reduzir sua responsabilidade. Richard Steiner, um consultor sobre vazamentos de petróleo, concluiu em um relatório de 2008 que, historicamente, “a taxa de falha de um oleoduto na Nigéria é muito superior à encontrada em outras partes do mundo”, notando que até mesmo a Shell reconheceu que “quase todo ano” um vazamento pode ser ligado a um oleoduto corroído.
As petrolíferas também dizem que limpam grande parte do que é perdido. Um porta-voz da Exxon Mobil em Lagos, Nigel A. Cookey-Gam, disse que o recente vazamento da empresa em alto-mar despejou apenas aproximadamente 8.400 galões e que “isso foi praticamente limpo”.
Com informações do New York Times e UOL Notícias e EcoDesenvolvimento.org
Obs: Vi esta matéria no Portal EcoD. e achei bem interessante, como nos Direitos Autorais do site não se pode modificar o artigo, resolvi postar então (como solicitado) na íntegra. A intenção, creio eu, é a de abrir os olhos para quem fica indignado com as cenas do Golfo do México [Fotos 1] [Fotos 2] e [Fotos 3] e agora com “esta”, cai da cadeira em imaginar que há lugares que não são frutos da mídia… engole essa “pessoar” (em clima de festa junina 🙂 ) (por @DaianeVV)
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