“Os Desafios da Qualidade do Ar no Brasil” discute entraves gerados ao país pela poluição do ar e possíveis soluções
Série de 3 webinars do WRI Brasil fomenta debate público sobre a economia nacional e a saúde da população no contexto da retomada verde pós-pandemia. Indústria automotiva é o primeiro tema.
O WRI Brasil – instituto de pesquisa que transforma grandes ideias em ações por meio de estudos e soluções em florestas, cidades e clima – promove em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (iCS) a série “Os Desafios da Qualidade do Ar no Brasil” para incentivar o debate público em torno de um problema que afeta silenciosamente a população brasileira: a alta concentração de poluentes atmosféricos locais (e a urgência do Brasil em aderir à economia de baixo carbono).
“Esses eventos online são muito importantes para alimentar um debate aprofundado sobre a qualidade do ar que respiramos e suas implicações em uma dimensão macro, em que qualidade de vida, economia e mudanças climáticas precisam caminhar juntas, e nas políticas públicas que possam construir esse caminho”, diz o coordenador de Clima e Cidades do WRI Brasil, Walter F. De Simoni, economista especializado em estudos ambientais pela Universidade de Tufts, em Boston (EUA).
A adoção de um monitoramento e de controle da poluição do ar adequados, como parte de um plano maior de transição para a economia verde, evitaria ao Brasil mortes e danos à saúde da população brasileira, além de gravíssimas perdas em gastos públicos, produtividade no setor privado e detrimento do meio ambiente e clima. Estudo liderado pelo WRI Brasil indica que a economia verde tem potencial de gerar ao país um aumento acumulado adicional do PIB de R$ 2,8 trilhões nos próximos dez anos, criando 2 milhões de empregos a mais em 2030.
“Os Desafios da Qualidade do Ar no Brasil”, que acontece em outubro, terá especialistas do setor público e privado que são reconhecidamente referências em suas áreas de atividade – para inscrições antecipadas, acesse o link aqui.
A série de webinars começa com “ECONOMIA VERDE E A RENOVAÇÃO DO SETOR AUTOMOTIVO” no dia 1/10 (quinta-feira), das 11h às 12h30. A pergunta que se propõe aos debatedores é se a indústria automotiva brasileira, que responde por 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos e faz do país o 8º fabricante mundial de veículos, será capaz de se modernizar e atender as demandas ambientais e econômicas da atualidade. Para o debate, participam Izabella Teixeira (ex-ministra de Meio Ambiente), Adalberto Maluf (diretor de Marketing, Sustentabilidade e Novos Negócios da BYD, empresa que atua no setor de energias limpas e mobilidade elétrica) e Roberto Schaeffer (professor de Economia da Energia da Coppe/UFRJ).
O segundo webinar, no dia 7/10 (quarta-feira), das 15h30h às 17h, será sobre “QUEIMADAS: UM PROBLEMA COLETIVO“. Além da evidente perda de biomas, as queimadas aumentam a emissão de poluentes no ar, afetando o clima como um todo, a água e a agricultura. A saúde das populações locais também fica comprometida, o que aumenta enormemente os custos sociais e econômicos. Para entender a dimensão do problema e os entraves locais para a adoção da economia verde, foram convidados Ane Alencar (diretora de Ciência do IPAM Amazônia), Carlos Nobre (cientista e pesquisador do clima e de mudanças climáticas) e Socorro Neri (prefeita de Rio Branco – uma das cidades mais atingidas pelas queimadas na região Norte).
A série de webinars termina com “O AR (POLUÍDO) QUE RESPIRAMOS“, em 21/10 (quarta-feira), das 11h às 12h30. Patologista e pesquisador, referência em Saúde e poluição do ar, Paulo Saldiva participa de uma conversa franca sobre os impactos evidentes e os não tão evidentes da poluição do ar na saúde individual e na coletiva, em especial no cenário que se desenha em um Brasil “pós-Covid-19”. A gestão da qualidade do ar no Brasil é feita por poucos Estados e os padrões de concentração de poluentes permitidos no país são muito acima dos níveis considerados seguros pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A combinação desses fatores colaboram diretamente com mais de 50 mil mortes por ano no Brasil em decorrência da poluição do ar, segundo a organização, que aponta para um dado ainda mais alarmante: 9 entre 10 pessoas respiram ar poluído no mundo.
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