Para ser ciclista, todos arrumam uma desculpa… Brasileiro gosta mesmo é de ostentar, ostenta até o que não tem!
Tem alguns dias que quero escrever sobre isto, mas realmente me falta tempo. Como todos sabem, e para quem não sabe clique aqui, fui para Dublin/Irlanda, no qual considerei a experiência mais sensacional e inesquecível de minha vida. E uma das coisas que mais observei foi o relacionamento que os irlandeses têm com às bicicletas e resolvi compartilhar com vocês.
Já “brigo” por conta do uso da bicicleta em pequenos percursos (até 3km) há algum tempo aqui no blog e nas redes sociais, uma pena é que na maioria das vezes acabo falando apenas para preguiçosos e não para pessoas que pelo menos queiram abraçar a causa. Dizer que um pequeno percurso pode sim ser feito de bicicleta e independente do tempo (derivado do clima) é mais complicado que possa parecer, ainda mais para quem mora em regiões muito quentes, como é o caso de minha cidade, Palmas/TO.
O fato é que, na Irlanda o que mais surpreende é a quantidade de bicicletas que surgem em vários cantos da cidade e principalmente, AS PESSOAS SE RESPEITAM!! Vi pessoas pedalando no sentido dos carros (quando falo isto, digo que o ciclista estava a frente ou atrás do carro, na mesma faixa), dando setas com os braços, parando em sinal/semáforo a frente dos carros, e tudo com uma naturalidade que até me espantava.
Tenho mais fotos… Logo mais (quando a internet estiver melhor, mando mais)
Outra situação de se observar era que, de manhã, a tarde, a noite, ou seja, em todos os horários do dia, havia alguém andando de bicicleta e víamos muitas, MUITAS bicicletas estacionadas pela cidade, algumas até sem cadeado.
Enquanto estava em Dublin o tempo estava ameno, um friozinho de 8ºC a 12°C, de fato isto facilita muito, favorece a pedalada. Por lá, a temperatura média máxima em Janeiro é de 8 °C, a temperatura média máxima em Julho é de 19 °C (Wiki), digamos que é até bem parecido com algumas cidades brasileiras que chegam a 19ºC tranquilamente em vários meses do ano, ou seja, a temperatura não é tanto um problema, e dependendo de alguns indivíduos que suam muito ou consideravelmente, porque não andar com um lenço umedecido (e até perfumado) para se higienizar ao chegar em algum estabelecimento…
Mas, sabe o que eu acho??? É que muito de tudo isto vai da cultura, da educação ambiental, de iniciativas, de ver outras pessoas começando a colocar em prática algo que é bem simples… Mas brasileiro gosta mesmo é de ostentar, ostenta até o que não tem! Acha que o legal é ter carro (ok que facilita a vida, considerando que não temos um transporte público de qualidade na maioria das cidades, o que leva a uma cadeia de problemas).
Por lá, foi nítido perceber que o trânsito não é caótico, os ônibus coletivos eram de dois andares e nenhum (NENHUM MESMO) estava lotado, além de muito novos e conservados. Nas paradas eram exibidas placas elétricas com o horário e quantos minutos faltavam para o próximo chegar (*.*).
Eu tenho esperanças no Brasil, o que me entristece às vezes é que boa parte de tudo nunca vai para frente… Mesmo que seja algo mega simples. Não adianta brigar para que não haja Copa, adianta sim é brigar para que tenhamos educação (de berço/cultural, aquele do muito obrigada, desculpa e com licença) com padrão europeu, porque afinal, chega uma hora que cansa do “jeitinho brasileiro”! Aí sim!
E só mais um detalhe, bicicleta por lá são muito caras!!
Moro numa cidade pequena no interior da Bahia, Itacaré. Eu, como muitos outros só me desloco de bicicleta mas o que me impressiona mesmo é a quantidade de pessoas que aindam só usam o carro como transporte numa cidade que no máximo em 20 min à pé se chega em qualquer lugar. O que vejo em muitos de meus conhecidos além da preguiça mesmo de pedalar é a pura e simples questão do status. Carro é chic, quem tem carro, principalmente numa cidade com poder aquisitivo baixo como a nossa, faz parte de uma elite imaginaria que alguns insistem em preservar.
É justamente sobre isto que falo neste post Samya!! Esta “ostentação” imaginária das pessoa, principalmente em cidade pequena, que nem carece tanto assim de carro.
Sou de Minaçu/GO e minha vida enquanto morei lá, foi assim. Nem coletivo tem por lá e os percursos são bem pequenos… Obrigada pelo comentário, foi enriquecedor!
Oi Diane, parabéns pela postagem. Também sou defensor da bike, mas não pega bem comunicar um tema importante com erros de português. Dá uma revisada no texto, ok? Entre outras coisas, a palavra “poça” está grafada incorretamente, o correto seria “possa”.
fui ciclista por 10 anos, mas minha cidade esta muito ruim de continuar pedalando. Ja sofri dois acidentes, pois os motoristas não respeitam e como não quero morrer, estou há 03 meses sem pedalar e sinto muita falta disso…
Daiane, o texto está bom, mostra sua indignação por uma causa relevante, só cuidado com erro de português para não invalidar a matéria. Arrume “poça” para “possa”… Abraço
Nossa Felipe, muito obrigada!! Juro que passou despercebido e ainda li o texto umas duas vezes. O escrevi em meu horário de almoço (rs), o que não justifica, mas enfim, obrigada pelo “toque” e já está respondido. Obrigada por comentar aqui.
Oi Loíde! Já passei alguns apertos também… Mas desistir, nunca. Até brigo por meu lugar “ao sol” literalmente rsrs Mas, tento andar sempre direitinho, acho que assim eu me previno de algo.. rs
Oi Igor! Já arrumei esta “gafe”… Muito obrigada pelo comentário e observação.
Oi! Moro na Finlândia e também abraço a causa, mesmo quando está no inverno (-20graus) eu só ando de bicicleta. Eu também escrevi sobre o assunto no meu blog, para os que quiserem ler mais a respeito: http://mochilandoalieacola.wordpress.com/2014/05/03/bicicleta-nao-e-esporte-e-transporte/
Não sei em Palmas, mas embora eu pedale com frequencia em minha cidade e alguns bairros de Sampa, a situação aui é catastrófica, depois o pedal só vem dor no corpo, Falta de treino não!!!!! Ruas esburacadas e falta de espaço mesmo. Mas somos brasileiros ciclistas ou não e não desistimos…..