China dá sinais de redenção e combate sua poluição

Há pouco tempo atrás, escrevia sobre a poluição insuportável em algumas cidades chinesas, principalmente, claro, nas mais urbanizadas.

Hoje venho falar na contramão desta afirmação. Não que a china tenha parado de poluir. Os chineses continuam sendo os maiores emissores de gases provocadores do efeito estufa do mundo.

O que ocorre agora, e acho que a mídia teve papel fundamental para que isto ocorresse, é que a pressão popular chinesa sobre os governantes para a diminuição da poluição, parece estar dando certo.

Pelo menos é o que afirma Christiana Figueres.

Figueres com seus 57 anos, é nada mais nada menos que a mulher responsável por orientar mais de 190 estados-membros em iniciativa liderada pela ONU para a elaboração de um tratado internacional com vistas a combater o aquecimento global, a ser assinado em 2015 e entrando em vigor em 2020, substituindo o “fracassado” Protocolo de Kyoto aprovado em 1997.

Bem se ela está dizendo, no mínimo devemos respeitar.

Segundo ela, atualmente a China tem algumas das mais rigorosas normas de eficiência energética para edifícios e setor de transportes, e seu apoio à tecnologia fotovoltaica ajudou e muito a reduzir os custos de painéis solares em até 80 por cento. É muita coisa.

Estas ações se devem principalmente, repito, ao fato de o país estar enfrentando crescente pressão da opinião pública para reduzir a poluição do ar, devido em grande parte à queima de carvão.

Será que os chineses querem “salvar o planeta” (e a si mesmos) ou é apenas puro (e legítimo) interesse nacional?

Acho que o que importa realmente é que ações estão sendo feitas de forma organizada, constante e de olho no futuro. Isso por si só, já contribui para mudanças no “estatus quo” do nosso planetinha, independente de ser pelo motivo A, B, C, ou D.

Outro fator que ajuda é a capacidade da China de implementar políticas públicas de forma mais rápida do que muitos países possuidores de vários obstáculos legislativos, que ela não tem.

Então nos resta aplaudir os chineses que pelo menos, diferentemente de países como os Estados Unidos da América (principalmente) que só tem olhos para o próprio umbigo e que se dane o resto, eles, por bondade ou não, estão dando de forma inteligente e rápida uma solução ao problema que nasce em seu país mas agride a todo o mundo.

E o principal: o exemplo (de que funciona e que dá certo) poderá ser copiado e seguido pela nação que quiser.

Basta vontade!

Grande abraço!