O avanço e os obstáculos do agronegócio
O Agronegócio é um dos segmentos que mais movimenta a economia brasileira, em escala global, e um dos empregam no país. De acordo com o Ministério da Agricultura, em março 2018, os produtos do Agribusiness representaram 45,2% do total das vendas externas brasileiras, o que significou um recorde das exportações nacionais. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada(CEPEA), ligado à Univ. de São Paulo(USP), o agronegócio favoreceu o crescimento do PIB brasileiro, e vem ajudando no controle inflacionário, apesar da crise.
Um ótimo resultado, considerando que, no último ano, houve uma queda significativa nos preços dos produtos do segmento. Produzindo mais a menores preços, o setor contribuiu com um maior abastecimento, com a geração de divisas e com o controle da inflação. Com tanta expressão, empresas do agronegócio, em todo o mundo têm investido, cada vez mais em Tecnologia e Inovação.
A globalização e a inserção de novas tecnologias proporcionaram um mercado cada vez mais competitivo, dessa forma, cabe às organizações se modificarem para sobreviverem diante desse cenário. Assim, a inovação e a tecnologia passa a ser uma estratégia utilizada não apenas para o aprimoramento do negócio como também, para buscar mudanças relacionadas à criação de valor no desenvolvimento de novos produtos. Evidentemente, que no Brasil há condições extremamente favoráveis para a produção, como a abundância de água e luz. Mas de nada valeriam esses recursos se não houvesse um forte caráter inovador na agropecuária brasileira. Foi o empreendedorismo do produtor, apoiado pelas pesquisas que colocou a agropecuária do nosso país nos patamares que hoje experimentamos.
De simples ferramentas de controle da coleta no campo a complexo sistemas de rastreamento de maquinários, os investimentos em inovação e tecnologia auxiliam no desempenho da produção animal e no controle da lavoura. Assim temos: solos ácidos corrigidos, materiais genéticos adaptados e grande aparato tecnológico em máquinas, equipamentos e produtos. Avançou-se na biotecnologia e incorporaram-se tecnologias de gestão e de informação, enquanto o plantio direto eliminou impactos de erosão e abriu caminhos para sistemas produtivos integrados. Inovadores modelos de agricultura de precisão racionalizam o uso dos recursos. O entendimento sobre os processos biológicos incorpora aos sistemas de produção, estratégias de controle biológico de pragas, fixação biológica de nitrogênio, bioativadores, fertilizantes organominerais, etc… Enfim, crescimento em produtividade com sustentabilidade e qualidade nos alimentos produzidos.
O produtor brasileiro é um inovador, mesmo com tantos avanços, ainda há muito espaço para evoluir. A adoção de tecnologias e a cultura da inovação não estão distribuídas uniformemente entre os produtores. Trazer essa discussão, criar um canal de debate e troca de experiências constituem importantes estratégias para uma agropecuária cada vez mais inovadora, competitiva e sustentável.