Quais setores de trabalho verde tendem a crescer mais nos próximos anos

Investimento em áreas sustentáveis ainda é pequeno, mas pode crescer muito.

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O mercado sustentável é positivo não apenas para o meio ambiente, mas para a própria economia. Segundo este levantamento exclusivo da Betway sobre mercado verde, daqui a poucos anos, a tendência é que os trabalhos verdes sejam destaque em todo o mundo.

Basta olhar para o lado para observar a quantidade de oportunidades. Atualmente, US$ 161 bilhões foram perdidos em 50 anos por conta das mudanças climáticas. Nesse sentido, os “green jobs”, como são populares lá fora, podem ajudar bastante.

Entre as vantagens desse mercado estão:

  • Diminuir a quantidade de resíduos e poluição;
  • Proteger e restaurar ecossistemas;
  • Garantir mais eficiência no consumo de energia;
  • Limitar as emissões de CO2;
  • Melhorar a adaptação às mudanças climáticas.

Quais setores podem se beneficiar da sustentabilidade?

Quando se trata de mercado verde, é normal pensar no setor energético, na restauração florestal e até nos transportes renováveis. Porém, grande parte dos segmentos pode se beneficiar de ações que consideram o meio ambiente.

Tanto que existe até a possibilidade de daqui alguns anos existirem novas profissões focadas na transição do tradicional para o sustentável. “Estima-se que daqui a 10 anos muitos empregos vão surgir que hoje ainda não sabemos o nome”, aposta  Flávia Bellaguarda, mestre em Desenvolvimento Internacional em Justiça Climática pela Universidade de Birmingham, em entrevista exclusiva à Betway, site de caça níqueis.

Porém, um olhar um pouco atento já é capaz de mostrar onde estão grandes oportunidades para o futuro. No setor de resíduos, por exemplo, é onde estão muitas delas. Diariamente, mais de 500 mil toneladas são geradas apenas na América Latina, sendo que a maior parte não recebe a destinação e o tratamento corretos. Ou seja, ainda há muito o que se fazer, pelo planeta e pela própria economia!

A reinvenção de alguns mercados também é uma tendência para o futuro. Nos últimos meses, o Brasil discutiu bastante a questão da pobreza menstrual, problema que acomete jovens e mulheres sem condições de comprar absorventes.

Pensando nisso, e na quantidade de lixo que é gerada pelas mulheres durante a fase reprodutiva, quatro mulheres se juntaram para criar a primeira marca de absorventes biodegradáveis do Brasil. Até então, além dos modelos tradicionais, existia no mercado a versão de pano e os coletores menstruais.

Porém, a falta de investimentos e dinheiro para a compra de matéria-prima e máquinas fez com que elas mudassem a rota e lançassem um marketplace exclusivo de produtos sustentáveis feitos por mulheres no Brasil: o EcoCiclo.

Segundo uma das fundadoras, o intuito foi aproximar microempreendedoras do público consumidor. Afinal, muitas vezes, as pessoas desejam consumir produtos diferentes, mas não encontram. “O objetivo não é vender 200 ou 300 produtos em tempo recorde, mas sim vender por um valor justo para a empreendedora e para o consumidor”, defende Patrícia Zanella.

Outro exemplo de empreendedorismo que considerou a sustentabilidade foi a criação da agência Vivalá. Fundada em 2015, a empresa realiza expedições em bases comunitárias. Enquanto surpreende os turistas com as belezas brasileiras, a agência valoriza a cultura local.

Como se percebe, diferentes setores podem se beneficiar do pensamento sustentável. Ao lado disso, a revolução industrial 4.0 pode ser uma aliada para alavancar a preservação ambiental, desde que os profissionais não sejam deixados para trás.

Para que todo o mercado cresça, é importante que as pessoas tenham formação técnica, mas principalmente esse olhar atento para as necessidades dos outros e da natureza. Na opinião da especialista Flávia Bellaguarda, mais do que educação, é preciso ter boas ideias. “As competências mais necessárias para a próxima década para o enfrentamento à crise climática são criatividade e a inovação”, afirma.

Caso as empreendedoras do EcoCiclo não tivessem pensado nas necessidades das mulheres pobres e nos resíduos gerados, por exemplo, não teriam encontrado os problemas e soluções que encontraram. No final, os desafios foram importantes para que elas usassem a criatividade e criassem uma plataforma única e voltada para incentivar o consumo sustentável. Inovar nunca valeu tanto a pena – para o meio ambiente e o bolso!

Daiane Santana

Daiane Santana é a idealizadora do Portal VivoVerde, nasceu em Minaçu/GO e atualmente reside em Parauapebas-PA e há 15 anos escrevo neste site. Sou formada em Engenharia Ambiental, pela UFT – Universidade Federal do Tocantins, pós-graduada em Gestão de Recursos Hídricos e Engenharia de Segurança do Trabalho. Atuo como consultora, ministro treinamentos nas áreas de meio ambiente, segurança do trabalho quando dá tempo. Contato: portalvivoverde@gmail.com | Twitter - @VivoVerde | Instagram: @DaianeVV | 063999990294

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