União Européia aprova metas para energia renovável, mas limita biocombustível de cereal
A comissão de Indústria e Energia da Eurocâmara aprovou na quinta-feira (11) um projeto de lei que inclui a meta de 10% de renováveis nos transportes, mas considera que pelo menos 40% das energias utilizadas devem proceder da eletricidade ou do hidrogênio e de biocombustíveis de “segunda geração”, menos poluentes.
Entre os biocombustíveis, os eurodeputados citam de forma específica os produzidos a partir de dejetos, biomassa e algas, assim como os obtidos a partir de cereais cultivados em terras agrícolas muito degradadas.
No que diz respeito aos biocombustíveis disponíveis atualmente, como por exemplo os produzidos na Europa a partir de colza, poderão continuar sendo desenvolvidos para alcançar o objetivo vinculante de 10% em 2020.
“Freamos esta loucura de investimentos na primeira geração de biocombustíveis”, disse o autor do texto parlamentar, o eurodeputado Claude Turmes.
Os subsídios aos biocombustíveis nos Estados Unidos, Canadá e a UE chegaram a US$ 11 bilhões em 2006, e este número deve subir para US$ 25 bilhões por ano até 2015, destacou em julho passado a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne 30 países industrializados, em um relatório.
Os biocombustíveis são objeto de uma crescente polêmica, pois os críticos afirmam que eles contribuem para a alta dos preços dos alimentos, o desmatamento e o deslocamento de populações nos países pobres.
No entanto, para os defensores, os biocombustíveis podem ser usados para reduzir a dependência do petróleo e combater o aquecimento global, ao diminuir as emissões de gases que provocam o efeito estufa geradas por combustíveis fósseis.
Os Estados Unidos, que produzem biocombustível a partir do milho, são os maiores produtores de etanol, com 48% do total mundial em 2007. O Brasil vem logo atrás, com 31% da produção mundial de etanol, fabricado a partir da cana-de-açúcar. A UE representa 60% da produção mundial de biodiesel, extraído de óleos vegetais.
Segundo pesquisa publicada na quinta-feira, quase dois terços dos europeus (62%) colocam a mudança climática entre os principais problemas mundiais, e consideram que nem as empresas, nem os governos, nem eles próprios fazem o suficiente para combatê-lo.
Somente os cidadãos de República Tcheca, Itália e Portugal não colocam a questão entre os três problemas mais graves do mundo, de acordo com esta pesquisa Eurobarômetro efetuada no início de maio entre 30 mil pessoas.
Fonte: Folha Online
eu acho massa esse tipo de protesto, mas tenho minhas limitações… apesar de ser uma tipo de pressão, ela é mil vezes mais branda que um ato público e presencial.
mas, fazemos oq podemos.
blogueiros do mundo, uni-vos rsss
:*