Simplicidade se põe na vida e na mesa, sim!

Foto: Dellana Wolney

E ai, galera que vive verde?! Como estão? Colocaram o minimalismo em prática? “Destralharam” a casa e a vida? Rs!

Isso de “destralhar”, de “simplificar” me lembrou uma conversa que tive esses dias com minha amiga pessoal e colunista aqui deste site, Hilana. Há alguns dias, sentadas embaixo de uma árvore frondosa, de sombra agradável e no alto da serra, mais especificamente em Taquaruçu (distrito de Palmas, TO) e num restaurante ao ar livre, enquanto aguardávamos nossa comida caseirinha chegar, falávamos sobre a “dificuldade” de se manter uma alimentação equilibrada, considerando, até então, os preços exorbitantes dos alimentos “saudáveis industrializados”.

Em meio a essa conversa de “gente grande” (aspas pois eu e Hilana somos duas tampinhas, quando o assunto é estatura… HAHAHAHA), lembrei, ainda, da última vez em que estive com uma profissional da área de nutrição e ela me dizia sobre a “cultura dos enlatados”, que a indústria alimentícia fomenta.

Isso porque crescemos com a ideia de que comida é aquilo que compramos apenas no mercado: leite é só o de caixinha; a ameixa só a seca ou em calda enlatada; suco de laranja é aquele que vem engarrafado; doce de leite – só daquela marca que, feliz ou infelizmente, esteve presente na infância de quase todos; frango? Ihhh… Só o de bandeja, né?

Aliás, estamos em um momento altamente favorável para essa indústria que vende “comida boa em lata”, considerando que a sociedade vive um período de despertar (para nossa alegria). Já repararam como as pessoas têm procurado se nutrir, em vez de apenas se alimentar? Tudo bem que comemos muito por prazer, mas o que noto é que temos dado mais atenção para aquilo que serve como “energia limpa” para nosso corpo.

Diante disso entram as grandes empresas para nos dizer “Olha, se alimente bem mesmo. O caminho correto é esse. Mas o alimento que presta é esse meu suco light que custa 20 reais o litro”, “Iogurte bom é esse que produzo e que contém trocentas gramas de proteína e que 200 ml valem a bagatela de 10 reais”, “Compre aqui minha batatinha já cortada, porque você não tem tempo de picá-la. Prático! Tá na mão”!

Foto: Dellana Wolney

E é aí que está o ponto nevrálgico dessa conversa: manter uma alimentação equilibrada não é caro e nem difícil se desconstruirmos o “quase dogma” de que o alimento bom é aquele “saudável industrializado”, bem como se nos afastarmos dessa mania de querermos apenas o fácil, o caminho mais curto porque ir até a feira comprar 60 laranjas por 20 reais e espremer um suco naturalíssimo dá trabalho (contém ironia nessa última fala). 

Além disso já refletiram por um momento, que seja, no quanto a cadeia produtiva dos alimentos 100% “saudáveis industrializados” impactam negativamente o meio ambiente? E dá-lhe agrotóxico, prejuízo ao solo em razão da monocultura, fertilizantes químicos e outros.  E os reflexos na nossa saúde? A obesidade, o câncer, hipertensão e outras 1001 doenças que o digam, considerando aquela listinha infindável de conservantes, corantes, sódio não sei mais o que, bla, bla etc.

Inclusive, a pergunta que não quer calar diante do que falei ali em cima: vocês já foram à feira da sua cidade? Já experimentaram comprar comida de verdade (e o melhor, barata)? Já voltaram com o carrinho (aquele de tecido… hahaha) abarrotado de abobrinha, tomate, banana, mandioca (ai credo, que delícia), manga, banana? E aquele leite vendido pelo moço lá da fazenda, que precisa ficar meia hora na beira do fogão cuidando para não derramar? 

Perceba, meu povo, são atitudes simples como “ir à feira”, comprar “comida de verdade” do “pequeno produtor” que fazem toda a diferença. Hoje eu sei que manter uma alimentação equilibrada, saudável, que de quebra reflete positivamente no meio ambiente, é mais fácil do que imaginava, difícil mesmo será para a indústria lidar com as “ovelhas, que quanto mais despertam, mais negras ficam” e menos irão consumir seus alimentos “saudáveis industrializados” depois de lerem esse texto! Rs! 

Vejo vocês na feira! .o/

Natana Gonçalves Santos

Nascida em São José do Duro (Dianópolis/TO), mas palmense de coração, reside na capital mais jovem do país desde 2010. Sempre em movimento, acredita que a chave para se construir uma existência fluida e equilibrada está atrelada a um estilo de vida saudável e a uma convivência harmônica com o meio em que está inserida. Amante da natureza, aventureira, colecionadora de experiências e boas histórias, que ama se lançar em novos desafios. É formada em Direito pela Universidade Federal do Tocantins e atua profissionalmente como assessora jurídica junto ao Tribunal de Justiça do mesmo estado. Contato - Email: vidasaudavel@vivoverde.com.br | Twitter: natanags | Instagram: natanags

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